Cotidiano

Poderia ser evitado

Com o saldo de uma morte, 28 feridos e muitos foragidos, a rebelião na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) que durou 44 horas, poderia ter sido evitada. Esta é a constatação do Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná). A Sesp (Secretaria de Segurança Pública do Paraná) ainda não divulgou o número de fugitivos.

Conforme nota oficial divulgada ontem pela entidade, se os equipamentos de segurança da penitenciária estivessem funcionando, os presos não teriam rendido os agentes. Segundo o Sindicato, as falhas no sistema de segurança, já denunciadas desde as obras de reconstrução da unidade prisional após o motim de 2014, foram cruciais para a tragédia anunciada que iniciou na quinta-feira (9) e terminou somente na manhã de sábado (11).

Dentre os itens citados pelo Sindarspen está o investimento de R$ 2,5 milhões na obra, mas que o Estado teria entregue somente “a parte de concreto e grades prontas, sem obras de automação da unidade”. De acordo com a nota, quase todos os equipamentos de segurança, como circuito de monitoramento de TV e um sistema de segurança mecanizada, foram possíveis “graças às ações dos servidores que arrecadaram recursos e pediram apoio para comércios locais e se cotizaram para a compra de equipamentos”.

Cerca elétrica

O único equipamento de segurança instalado pelo Governo, conforme o Sindicato, é a cerca elétrica com alarme, que não estaria funcionando até então e, se estivesse no momento em que os presos fizeram a pirâmide humana e subiram ao solário para render o agente, eles tomariam um choque e seria acionado um alarme alertando o agente.