Economia

Pnad Contínua: Paraná tem a 3ª menor taxa de desemprego

O rendimento médio real dos trabalhadores paranaenses é o quarto maior do País

Curitiba – A taxa de desocupação no Paraná nos primeiros três meses de 2019 caiu em relação ao primeiro trimestre do ano passado e fez o Estado ter um dos menores índices de desemprego no País. Além disso, o rendimento médio real dos trabalhadores paranaenses é o quarto maior do País.

De acordo com dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nessa quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 8,9% dos moradores do Estado estão procurando emprego – esse índice era de 9,6% em 2018. Apenas Santa Catarina (7,2%) e Rio Grande do Sul (8%) possuem marcas melhores.

No Brasil, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2019 foi de 12,7%, acima do trimestre anterior (11,6%) e abaixo do 1º trimestre de 2018 (13,1%). Os maiores índices foram observados no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18%).

“Estamos trabalhando intensamente para gerar novas oportunidades de emprego e renda. Estou muito animado com as possibilidades que estamos projetando. Até agora, em quatro meses, já somamos R$ 11 bilhões em investimentos anunciados pela iniciativa privada no Paraná. Isso representa mais geração de emprego e desenvolvimento econômico”, ressaltou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Capitais

Curitiba aparece com as menores taxas de desocupação dentre todas as capitais do Brasil: 8,3%, atrás apenas de Campo Grande, com 8,1%, e Goiânia, com (7,2%). “Esse é um excelente resultado se comparado ao mesmo período do ano passado quando o Paraná havia ficado em quinto lugar do ranking nacional. Com isso subimos duas colocações e estamos em terceiro agora em 2019”, diz a economista do observatório do Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Suelen Glinski.

Aumento da renda

A Pnad mostra ainda que o trabalhador paranaense tem o quarto maior rendimento médio do Brasil, com R$ 2.567, atrás apenas do Rio de Janeiro (R$ 2.675), de São Paulo (R$ 2.899) e do Distrito Federal (R$ 4.085).

O estudo do IBGE mostra que, em relação ao último trimestre de 2018, o Paraná registrou aumento na renda do trabalhador (3,4%), sendo o único Estado do País com variação positiva.

Situação piora em 14 estados

A taxa de desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada ontem (16) pelo IBGE. Nas outras 13 unidades, a taxa manteve-se estável.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, no entanto, apenas quatro unidades da Federação tiveram aumento da taxa de desemprego.

Na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano, as maiores altas da taxa de desemprego foram observadas no Acre (de 13,1% para 18%), Goiás (de 8,2% para 10,7%) e Mato Grosso do Sul (de 7% para 9,5%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, os estados que registraram alta na taxa foram Roraima (de 10,3% para 15%), Acre (de 14,4% para 18%), Amazonas (de 13,9% para 14,9%) e Santa Catarina (de 6,5% para 7,2%).

Já os estados que tiveram queda na taxa, nesse tipo de comparação, foram Pernambuco (de 17,7% para 16,1%), Minas Gerais (de 12,6% para 11,2%) e Ceará (de 12,8% para 11,4%).

Em relação ao tempo de procura de emprego no Brasil, 45,4% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 24,8%, há dois anos ou mais, 15,7%, há menos de um mês e 14,1% de um ano a menos de dois anos