Cotidiano

PMDB deve anunciar apoio a Maia nesta terça-feira

64544061_BSB - Brasília - Brasil - 25-01-2017 - PA - O presidente da Câmara Rodrigo Maia. Foto.jpgBRASÍLIA – A bancada do PMDB na Câmara deve anunciar formalmente nesta terça-feira o apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Casa. Apesar dos apelos dos demais candidatos da base, vindos sobretudo do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), correligionários do presidente Michel Temer dizem ser inevitável seguir ao lado de Maia. O que está em jogo é o segundo cargo mais importante da Mesa Diretora, a primeira vice-presidência da Casa, hoje ocupada pelo polêmico Waldir Maranhão (PP-MA), e que deve ficar nas mãos do PMDB. Eleição congresso

Com a ideia de Maia de formar um amplo bloco de partidos que o apoiam, a legenda “não tem opção”, dizem deputados, e terá que integrar o bloco para conseguir o cargo desejado. Nesta terça-feira, uma reunião da bancada definirá o nome para a primeira vice – os favoritos são Lucio Vieira Lima (BA) e José Priante (PA) – e deve selar o apoio a Rodrigo Maia.

Um peemedebista com bom trânsito no Palácio do Planalto disse que, por mais que Temer quisesse que o seu partido não entrasse no bloco para atender aos outros candidatos da base, o partido será obrigado a fazê-lo:

– Se a gente não formar o bloco com Rodrigo a gente perde a escolha da primeira vice-presidência, não é questão de opção porque não temos opção. Por mais que o PMDB queira atender o presidente, não vai dar dessa vez – disse esse deputado.

Um outro correligionário de Temer minimizou possíveis rachas na base que lhe dá sustentação no Congresso. O temor é que Jovair ou Rogério Rosso (PSD-DF) possam dificultar a aprovação de matérias prioritárias para o governo, entre elas a reforma da Previdência, se sentirem interferência do Planalto para reeleger Rodrigo Maia.

– Claro que o governo tem que trabalhar pelo desgaste mínimo na base. Mas você acha que o Jovair vai sair rachado, se perder, e ainda vai fazer fratura exposta? Não dá, não vai ter racha, não – opinou um peemedebista:

– Ganhar e perder é do jogo, os candidatos sempre vão achar que teve interferência do governo. O que importa é o day after (da eleição), aí o governo faz um afago e rediscute espaços – concluiu.