Cotidiano

Plataforma de educação on-line Udacity alia-se à Kroton

SÃO PAULO – A plataforma norte-americana de educação online Udacity, que iniciou cursos no Brasil em julho, fez uma parceria com a Kroton, maior companhia privada de educação do mundo em valor de mercado, em meio a esforços para tornar o país seu terceiro maior mercado global.

A plataforma, voltada para cursos on-line de tecnologia, pretende ?oferecer cursos com condição diferenciada? para alunos de cursos do conglomerado educacional, mas ainda não tem data para começar, disse o diretor-geral da Udacity para América Latina, Carlos Souza.

?Nosso publico alvo são basicamente profissionais que já trabalham com tecnologia e estudantes?, explicou Souza.

A empresa criada em 2011 já oferta videoaulas gratuitas e os chamados nanodegrees ? cursos em parceria com empresas como Google, Facebook e Amazon.com.

No Brasil, existem quatro nanodegrees traduzidos para o português, com acompanhamento de profissionais para dar feedback também em português, além do conteúdo oferecido nos EUA.

A mensalidade é de R$ 399. Se os estudantes concluem o nanodegree em menos de 12 meses, a Udacity devolve 50% do valor pago, medida que visa a incentivar os alunos a concluírem os cursos mais rapidamente, contou Souza.

A Udacity estima que o mercado de cursos on-line de tecnologia no Brasil hoje tenha em torno dos 550 mil estudantes, apesar da recessão econômica e alto nível de desemprego.

?Empresas de tecnologia estão contratando e não conseguem encontrar pessoas prontas e qualificadas para?, disse, adicionando que o objetivo da empresa é transformar o país em seu terceiro maior mercado global.

A consultoria Hoper Educação estima crescimento do EAD de 10% a 15% até 2018.

A expansão global da Udacity foi lastreada por uma rodada de financiamentos de US$ 105 milhões no fim de 2015. A empresa planeja se expandir na América Latina, abrindo operações no México dentro de alguns meses, disse Souza.

A empresa diz já ter disponibilizado conteúdo aberto para cerca de 4 milhões de alunos no mundo todo, mas não revela dados de receita e de estudantes matriculados em seus nanodegrees.