SEUL ? Procuradores da Coreia do Sul acusaram nesta segunda-feira a amiga de Park Geun-hye, presidente sul-coreana que sofreu ação de impeachment no ano passado, de suborno. Presa desde outubro, Choi Soon-sil foi pivô no escândalo de corrupção que levou à saída de Park e provocou uma onda de grandes protestos pelo país. Após sua imagem ser fortemente abalada pela história de corrupção, a presidente acabou afastada pelo Parlamento.
Em dezembro, Choi negou as acusações de fraude e abuso de poder em seu julgamento. As suspeitas são de que ela tenha pressionado importantes empresas a financiar fundações que apoiam iniciativas políticas de Park. O seu advogado argumentou que ela não conspirou com Park ou outros réus do caso e ainda negou as acusações de fraude.
Por sua vez, Park seria cúmplice das atividades da amiga e é acusada de tráfico de influência no seu governo. Ela foi afastada pelo Parlamento no início do mês e a Corte Constitucional deverá emitir um parecer final sobre o processo nos próximos meses.
Após o impeachment de Park, o primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, se tornou presidente interino. Em seus primeiros dias no cargo, pediu que autoridades garantissem que novas manifestações no país fossem pacíficas. Os poderes de Park foram suspensos após 234 dos 300 membros do Parlamento votarem pelo impeachment, o que significa que mais de 60 membros do seu próprio partido apoiaram a moção.
