Saúde

Pfizer inicia testes de vacina em jovens a partir de 12 anos

Pfizer inicia testes de vacina em jovens a partir de 12 anos

São Paulo – A farmacêutica Pfizer vai iniciar testes de sua candidata à vacina contra covid-19 em adolescentes nos Estados Unidos.

De acordo com a CNN, a imunização será aplicada em jovens a partir dos 16 anos ainda nesta semana e, em seguida, a faixa etária de 12 a 15 anos também será incluída nos ensaios clínicos de desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.

Nos Estados Unidos, a Pfizer tem autorização do FDA (Food and Drug Administration) para recrutar voluntários a partir de 12 anos. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou que a fórmula desenvolvida pela farmacêutica seja avaliada em voluntários a partir de 16 anos.

Apesar de crianças e adolescentes não estarem entre os mais vulneráveis para a covid-19, a infecção pode vitimá-los e a imunização do grupo é considerada importante para controlar a disseminação do vírus.

“É importante lembrar que, embora a taxa de mortalidade de crianças com covid-19 seja menor do que a de adultos mais velhos, não é zero”, afirmou Robert Frenck, diretor do Centro de Pesquisa de Vacinas do Hospital Infantil de Cincinnati.

O hospital infantil será o primeiro dos Estados Unidos a aplicar uma potencial vacina contra a covid-19 em voluntários mais jovens.

No Reino Unido, a vacina elaborada pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca está sendo testada em crianças de 5 a 12 anos desde maio deste ano.

Rússia registra segunda vacina

Moscou – A Rússia registrou sua segunda vacina contra o coronavírus, anunciou nessa quarta-feira o presidente Vladimir Putin. A fórmula é produzida pelo laboratório Vektor, na Sibéria, e foi batizada de EpiVacCorona. É a segunda vez que o país homologa um imunizante contra a covid-19 antes da conclusão da fase 3 dos ensaios clínicos, etapa necessária para assegurar sua segurança e eficácia.

A vacina tem um “nível de segurança suficientemente alto”, declarou a vice-primeira-ministra russa responsável pela saúde, Tatiana Golikova, nesta reunião.  A vacina irá agora para a fase final de testes, que envolverá 40 mil voluntários, acrescentou.

O laboratório Vektor, localizado na região de Novosibirsk, conduziu pesquisas secretas sobre armas biológicas durante o período soviético e contém amostras de vários vírus, desde a varíola até o ebola.

Também nessa quarta-feira, o número de infecções pelo novo coronavírus diárias bateu novo recorde na Rússia. Ontem, foram anunciados 14.231 novos casos em 24 horas, um recorde desde o início da crise.

O país registrou em agosto sua primeira vacina contra a covid-19, a Sputnik V, desenvolvida pelo centro de pesquisas Gamaleia com o Ministério da Defesa.