Cotidiano

PF prende três pessoas em suposto esquema de fraudes de urnas eletrônicas

RIO ? A Polícia Federal prendeu três pessoas nesta terça-feira, duas em Brasília e uma em Xangri-lá (RS), em uma operação contra uma organização criminosa que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de outubro. Além das três prisões, três mandatos de condução coercitiva foram expedidos no Rio Grande do Sul (em Xangri-lá e Canos) e Piauí (na cidade de Piripiri). Após a ação, a PF informou que o caso se tratava de estelionato, porque não havia indícios de que o grupo poderia interferir nas urnas.

A denúncia partiu de um prefeito de município da região metropolitana de Porto Alegre. Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$ 5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para a eleição para vereador.

A operação, chamada Clístenes, também executou cinco mandatos de busca em apreensão em Canoas, Xangri-lá, Goiânia e dois em Brasília. Os presos vão responder por crimes de estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas podem variar entre quatro e 13 anos.

O TRE-RS informou que a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que garantem que apenas os programas gerados na cerimônia de lacração, única oportunidade em que a chave de assinatura oficial dos sistemas é utilizada, possam ser executados com status de aplicação oficial.