O delegado da Polícia Federal, Mário Cesar Leal Junior, ouviu ontem na Delegacia da PF em Cascavel, o marido de Maria Conceição Queiroz, a Maria Paraguaia. A intenção da Polícia é descobrir qual o grau de envolvimento do homem no crime de tráfico internacional de pessoas.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o delegado deve conceder entrevista coletiva hoje para repassar mais informações sobre o desenrolar das investigações.
Além de Maria Paraguaia, a Polícia Federal já ouviu mais de dez pessoas que possuem algum tipo de ligação com o caso, entre acusados, vítimas e testemunhas. Dentre elas está o casal que teria comprado o menino paraguaio.
Segundo a polícia, eles teriam ficado por cerca de 10 dias com o menino e teriam devolvido porque não conseguiram a documentação. Para “despistar”, Maria Paraguaia disse que o menino estava abandonado em frente a sua casa.
O caso
As investigações a cerca de Maria Conceição Queiroz, a Maria Paraguaia, tiveram início há mais de 20 dias quando ela acionou o Conselho Tutelar Sul dizendo que um menino, de pouco mais de um ano, teria sido abandonado em frente a sua casa, no Bairro Cascavel Velho.
Como não havia pistas nenhuma de onde o menino teria surgido, a Polícia Civil, o Ministério Público e o Poder Judiciário decidiram pedir auxilio da população para tentar identificá-lo. Com isso, vizinhos de Maria Paraguaia acionaram a polícia informando que, na verdade, a mulher teria trazido do Paraguai essa criança para uma adoção ilegal.
A partir dessa informação a polícia foi até a residência e encontrou outras duas menores, uma de nove e outra de 17 anos, que assim como o menino foram traficadas por Maria. Por se tratar de tráfico internacional de pessoas, as investigações foram repassadas a Polícia Federal, que solicitou apoio da Polícia do Paraguai e até mesmo da Interpol para identificar os menores e descobrir o que de fato aconteceu e como eles vieram parar no Brasil.
Identificação
Na semana passada, o delegado da Polícia Federal, Mário Cesar Leal Júnior foi até Foz do Iguaçu e, em conversa com representantes do setor de segurança pública do Paraguai, conseguiram identificar as crianças. Esta semana, uma comitiva do país vizinho deve vir ainda esta semana a Cascavel para verificar como estão as crianças e saber como está a investigação.
