Cotidiano

PF leva três desembargadores para depor em operação que investiga venda de decisões judiciais

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BRASÍLIA – A Polícia Federal tenta cumprir nesta quarta-feira mandato de condução coercitiva de três desembargadores, 14 advogados e sete outras pessoas suspeitas de envolvimento em vendas de decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Ceará. Entre os investigados estão os desembargadores Francisco Pedrosa Teixeira, Sérgia Maria Mendonça e Valdsen da Silva Alves, este último já aposentado. Advogados e desembargadores são investigados por associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro na segunda fase da Operação Expresso 150.

Também estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos desembargadores e outros endereços dos acusados. Os mandados de condução coercitiva contra os desembargadores e as buscas nos gabinetes foram expedidas pelo ministro Herman Benjamin, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro acolheu parte de pedido formulado pela Polícia Federal. Segundo os agentes, Benjamin autorizou a operação “ante os firmes indicativos de conluio entre advogados e desembargadores visando às liberações de criminosos, através da concessão de liminares em habeas corpus impetrados principalmente durante os plantões judiciais”.

A ação desta quarta-feira teve como ponto de partida a primeira etapa da Expresso 150, deflagrada em junho de 2015. Segundo a polícia, Benjamin também determinou o bloqueio dos bens de Valdsen e de pelo menos um advogado.