Foz do Iguaçu O montante desviado pela organização criminosa que operava na Prefeitura de Foz do Iguaçu é seis vezes maior que o estimado inicialmente pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. O montante saltou de R$ 5 milhões para R$ 30 milhões, conforme balanço apresentado ontem pela da Delegacia da PF na fronteira.
Os investigadores chegaram a esse novo número levando em conta os contratos para serviços de saúde e obras de pavimentação asfáltica já analisados e os que ainda são investigados no âmbito da Operação Pecúlio, que culminou com a prisão e o afastamento do cargo do então prefeito Reni Pereira, denunciado como o líder do esquema.
Desde abril de 2016, 61 pessoas foram presas – 42 preventivamente e 19 com mandados de prisão temporária em seis fases. Além de Reni, constam da lista ex-secretários, ex-diretores, servidores públicos, vereadores, ex-vereadores e vários empresários, incluindo o cascavelense Paulo Gorski.
A Operação Pecúlio já está completando quase um ano e ainda tem muita análise para ser realizada. Eventualmente ela pode levar a novas investigações voltadas em especial ao desvio de recursos, declarou o delegado Sérgio Maciel Ueda.
OUTRAS AÇÕES
O balanço da PF também relaciona o combate ao tráfico de drogas, com destaque para a Operação Aletria, deflagrada em junho de 2016 e que culminou com sete prisões e em torno de R$ 30 milhões em apreensões.
As apreensões de produtos contrabandeados tiveram queda de R$ 41 milhões em 2015 para R$ 26 milhões em 2016.