Policial

PF deflagra operação contra tráfico internacional de armas

25 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva devem ser cumpridos, inclusive no oeste do Paraná

PF deflagra operação contra tráfico internacional de armas

A operação Mercado das Armas foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (29) com objetivo de desmantelar um grupo especializado em tráfico internacional em oito estados do país. No total, 25 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva devem ser cumpridos, inclusive no oeste do Paraná.

As medidas judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Além do tráfico internacional de armas de fogo, o grupo também comercializava acessórios.

OPERAÇÃO MERCADO DAS ARMAS

O mandado de prisão preventiva da operação Mercado das Armas é cumprido na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. Já os mandados de busca e apreensão serão cumpridos nas cidades abaixo:

• Ceará (2 Fortaleza);
• Espírito Santo (2 Cariacica);
• Minas Gerais (4 Belo Horizonte);
• Paraná (2 São José dos Pinhais, 1 Foz do Iguaçu, 1 Santa Terezinha de Itaipu, 2 Guaratuba);
• Rio de Janeiro (3 Rio de Janeiro);
• Rio Grande do Sul (1 Caxias do Sul);
• São Paulo (2 Araraquara, 1 Cabreúva, 1 Campinas, 2 Várzea Paulista);
• Sergipe (1 Aracaju);

Durante as investigações, a PF identificou suspeitos nos estados do Paraná, de Minas Gerais e de São Paulo que atuavam em associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino outros estados.

Foram realizadas apreensões de armas de fogo e acessórios, escondidos dentro de equipamentos, como rádios, climatizadores e panelas elétricas, que eram remetidos e transportados pelos Correios e por transportadoras privadas.

Tais objetos eram importados do Paraguai pelos investigados, e contavam com o auxílio de atravessadores paraguaios para trazê-los ao Brasil.  Um dos acessórios importados e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni, que era transformado para uso com armas de fogo e munições reais.

Essa alteração tornava o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas. A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados pela operação Mercado das Armas, os suspeitos poderão ter penas de até 12 anos de prisão.