Cotidiano

Pezão apresenta ao Tesouro Nacional proposta para crise do Rio

BRASÍLIA – O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, apresentou nesta quinta-feira em Brasília à secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, uma proposta do Estado para enfrentar sua crise financeira de curto prazo, que dependeria do apoio da União. Entre os itens incluídos na proposta estão o aumento do recolhimento de servidores para previdência no curto prazo, o início da cobrança de contribuições de inativos e a securitização de novos ativos, como já foi feito com royalties de petróleo. O Tesouro, porém, é crítico da securitização de ativos, pelos seus impactos no resultado primário dos governos estaduais.

? Vinculamos toda a receita do petróleo para a previdência pública. No futuro, a gente chega bem. Agora, o problema nosso é imediato porque o Tesouro (estadual) tem que cobrir a queda do preço do petróleo. São essas questões que vimos como fazer essa travessia ? disse Pezão, após o encontro.

Segundo Pezão, na segunda-feira, uma missão oficial do Rio volta a Brasília para continuar as negociações. Especificamente sobre o tema da reforma da Previdência, em pauta no governo federal e que afeta todos os Estados e o Distrito Federal atualmente, o presidente Michel Temer deverá convidar os 27 governadores para reunião na próxima semana, segundo ele.

? Estou retornando e quero me situar. Estive com o presidente Michel (Temer) na segunda-feira e hoje com o ministro (da Casa Civil) Eliseu Padilha falando sobre reforma da Previdência. O presidente ficou de marcar para a semana que vem uma reunião dos 27 governadores com ele para ver essa questão ? disse Pezão, completando que o maior déficit do Rio e da maioria dos Estados atualmente provém das previdências.

O governador também tratou com a secretária do Tesouro em Brasília de cálculos sobre o tamanho real do déficit estadual, uma vez que houve discrepâncias entre os números do estado apontados pelo governo e pela União em 2015.

Ele descartou que o Rio tenha pedido hoje novo socorro ao governo federal, destacando que, primeiramente, o Estado deverá fazer o seu ?dever de casa?. Ele destacou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não previa uma queda tão grande da economia, por isso os estados ficaram desenquadrados da lei.

Questionado sobre eventual apoio a Marcelo Crivella (PRB) ou Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno da eleição para a prefeitura da capital no domingo, Pezão evitou responder.

? Voto em Piraí.