Cotidiano

Petrobras poderá alugar unidade para escoar gás do pré-sal

2014 704194849-2014 699605220-2014032198620.jpg_20140321.jpg_20140406 (2).jpgRIO – A Petrobras estuda a possibilidade de alugar uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) para garantir o escoamento do gás natural que começará a ser produzido nos campos do pré-sal a partir de 2019. O diretor de Refino e Gás da Petrobras, Jorge Celestino, informou nesta terça-feira que o aluguel de uma unidade está em estudo, mas garantiu que a estatal vai fazer a licitação para a construção da UPGN no Comperj. A unidade será alugada caso a Petrobras constate que a construção da UPGN não ficará concluída até 2019.

petroleo e gas 2607? Como cancelamos o contrato (de construção da UPGN), a gente está indo ao mercado ver se vale a pena ter alguma solução via aluguel. alguém que tenha uma planta no mundo e possa alugar ? destacou o diretor no 17º Seminário de Gás Natural, realizado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), no Rio.

A UPGN do Comperj, uma unidade que recebe o gás natural produzido nos campos e o processa para o fornecimento ao mercado, está apenas cerca de 30% concluída. Um dos focos de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava-Jato, o conjunto de obras do Comperj foi suspenso em 2014. Agora, a Petrobras decidiu e o Conselho de Administração aprovou, na última sexta-feira, a construção da UPGN e a Central de Utilidades do Comperj.

Segundo o diretor, serão necessários cerca de US$ 2 bilhões para a construção da UPGN no Comperj. Mas, como será iniciada ainda o processo de nova licitação, caso a obra não seja concluída até 2019, a Petrobras cogita a possibilidade de alugar uma UPGN.

? Eu preciso ir ao mercado contratar e tenho prazo de entrada. Estamos analisando. Preciso analisar esse prazo e custo com a alternativa de alugar por um tempo, enquanto a obra não é concluída para cumprir o cronograma do óleo ? explicou o diretor.

O diretor garantiu que a UPGN será concluída e que a possibilidade de alugar uma unidade de UPGN é apenas para garantir o primeiro óleo e gás natural previsto a partir de 2019.