Cotidiano

Petrobras negocia ativos e mantém meta de desinvestimento, diz Parente

SÃO PAULO – A Petrobras mantém a meta de desinvestir US$ 15,1 bilhões entre 2015 e 2016, embora até agora tenha divulgado desinvestimentos da ordem de US$ 11 bilhões para o período, informou o presidente da empresa, Pedro Parente, que esteve em São Paulo, nesta segunda-feira, participando de um evento do setor de etanol e açúcar. Segundo ele, existem negociações em andamento para que a empresa possa anunciar mais US$ 4 bilhões em desinvestimentos até o final do ano.

– Mantemos nossa meta de desinvestir US$ 15,1 bilhões entre 2015 e 2016, o que significa que novas transações devem ser anunciadas até o fim do ano – disse Parente, sem especificar com quais empresas a Petrobras vem conversando para venda de ativos.

Para 2017 e 2018, disse Parente, também está mantida meta de desinvestir US$ 19,5 bilhões, totalizando US$ 34,6 bilhões nesses quatro anos.

O presidente da Petrobras disse que uma política de preços mais transparente para diesel e gasolina, anunciada recentemente pela empresa, sempre foi uma grande demanda do setor de etanol. Parente foi presidente do Conselho da Única (União da Industria da cana de açúcar).

– É uma política que é baseada no preço do barril do petróleo Brent mais a taxa de câmbio. A isso se somam a margem de risco, tributos e a gente chega ao valor do produto – disse ele, lembrando que estas são variáveis que não podem ser controladas pela estatal.

Mais importante do que a política, disse Parente, é o fato de que a decisão sobre o preço do diesel e da gasolina é tomada formalmente por um comitê pelo menos uma vez por mês. Parente observou que o fato de o preço da gasolina ter sido reduzido duas vezes não significa que este será “um comportamento permanente, porque como eu disse não depende da empresa, mas do mercado internacional e da taxa de câmbio, que estão fora do alcance da empresa. Portanto, tanto pode descer quanto pode subir”.

Nas decisões do Grupo Executivo de Mercado e Preços, a Petrobras pode manter, reduziu ou aumentar os preços dos combustíveis nas refinarias, segundo a nova política da empresa anunciada em outubro.