Brasília – Se a eleição presidencial de 2022 fosse disputada hoje, o presidente Jair Bolsonaro não teria voto suficiente para faturar a reeleição já no primeiro turno. Considerados todos os principais cenários cogitados no momento, ele faria, em média, apenas 30% dos votos – o que levaria o pleito a um segundo turno.
Esse panorama foi aferido por sondagem nacional que o Instituto Paraná Pesquisa fez sob encomenda revista Veja de 18 a 21 de julho, abrangendo 188 municípios-amostra de todos os estados e Distrito Federal.
O fato, porém, de não emplacar a reeleição no primeiro turno não significa que Bolsonaro esteja arriscado a perder no segundo se enfrentasse qualquer um dos seguintes adversários: Fernando Haddad, Lula, Sergio Moro, Ciro Gomes, Luciano Huck e João Doria. Contra todos, ele sempre somaria porcentuais acima de 45 pontos, conforme mostra o quadro a seguir.
Bolsonaro lidera todos os cenários de primeiro turno – com percentuais que vão de 27,5% a 30,7% – e derrotaria os seis potenciais adversários em um segundo round da corrida ao Planalto em 2022: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-governador Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro Sergio Moro, o governador paulista João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck.
Um feito impressionante, considerando-se que, segundo a mesma pesquisa, 48,1% dos brasileiros desaprovam a sua gestão (eram 51,7% no fim de abril) e 38% consideram ruim ou péssimo o seu trabalho (eram 39,4%).
Comparada a um levantamento anterior da Paraná Pesquisas, de três meses atrás, a aprovação oscilou positivamente de 44% para 47,1%, enquanto o contingente que considera seu mandato ótimo ou bom foi de 31,8% para 34,3%, variação acima da margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
