Cotidiano

Pesquisa ajuda consumidor a economizar nos supermercados

201605061049493786_RTS.jpgRIO ? Em tempos de crise, pesquisar antes de fazer as compras do mês é fundamental. A variação de preços de uma cidade, dependendo do ponto de venda, pode ser muito grande, até em supermercados de uma mesma rede. Por isso, às vezes vale a pena atravessar a rua e conferir o preço em outro local antes de comprar. Como mostra o 12º levantamento anual de preços dos supermercados brasileiros realizado pela Proteste Associação de Consumidores, em algumas cidades, o consumidor que pesquisa pode ter uma economia anual de até R$ 2 mil. É o caso do Rio de Janeiro e São Paulo.

?A conclusão é que o consumidor não pode se acomodar comprando sempre no mesmo local, pois a diferença de preços para um mesmo produto pode superar os 100%, dependendo do ponto de venda?, afirma a Proteste.

No Rio, o consumidor poderá economizar R$ 2.025,45 se optar por comprar os produtos da cesta com 104 itens de produtos de marcas líderes, a mais completa da pesquisa, no Assaí da Estrada de Jacarepaguá, 7753, ao invés do supermercado Nossa Rede da Rua Açaituba, 126, de acordo com o levantamento da Proteste. No caso da cesta com 90 itens, sem marca definida, a economia anual é um pouco maior: R$ 2.471,56. Essa economia ocorrerá se optar por comprar os produtos da Cesta 2, no Atacadão da Av. Vicente de Carvalho, 730, ao invés do Supermercado Zona Sul da Rua Carlos Góis, no Leblon.

No Rio, a cesta com produtos líderes de venda ficou 17% mais cara em um ano. Em média, o consumidor do Rio de Janeiro desembolsou R$ 526,83 na compra dos 104 produtos da cesta composta de produtos de marcas líderes. Foi constatada diferença de 150% para o sabonete em barra, Protex de 90g. Foi encontrado por R$ 1,19 em um local, e por R$ 2,98 em outro ponto de venda. A diferença de 135% também foi constatada no preço do arroz branco Tio João Tipo 1, pacote de 1 quilo. Custava R$ 2,08 num local e R$ 4,88 em outro.

Variação dos preços no Rio de Janeiro

Para o consumidor de Niterói, a economia anual com a cesta 1 pode ser de R$ 1.504,46 se trocar o Princesa da Rua Cel. Moreira Cézar, 323 pelo Assaí da Rua Benjamin Constant , 263. Para a cesta 2, com menos itens e sem marca definida, a economia anual atinge R$ 1.460,23 com a mesma troca de estabelecimentos. Foi encontrada diferença de preços de até 100% para o mesmo produto, em Niterói. Foi o caso da barra de chocolate ao leite, de 180g, que saía por R$ 4,31, num ponto de venda e custava R$ 8,63 em outro local.

Em São Paulo, a economia pode chegar a R$ 2.032,45 no ano se a opção for comprar os produtos da Cesta 1, (de 104 itens) , no Assaí da Av. Prof. Francisco Morato, , 4.367, ao invés do mercado Madrid da Rua Martim Francisco Serrat, 777. Na capital paulista, foi constatada diferença de 169% para o queijo minas frescal, de 250g, da Tirolez, por exemplo. Foi encontrado por R$ 10,40 em um local, e por R$ 27,99 em outro mercado.

Variação dos preços em São Paulo

Para o consumidor de Guarulhos, na Grande São Paulo, a economia anual pode ser de R$ 957,90 se trocar o Mota Sup. da R. Doutor Vital Brasil, 100 pelo Assaí da Rua Nossa Senhora Mãe dos Homens, 1258. E em Campinas, a economia anual será de R$ 1.709,45 se trocar o Galassi da Rua Rei Salomão, 180, pelo Makro da Rod. Dom Pedro I. Foi encontrada diferença de preços de até 135% para o mesmo produto, em Campinas, dependendo do ponto de venda. Foi o caso do pacote de salsichas bovina, pacote de 500g. Saía por R$ 4,28, num supermercado e custava R$ 10,05 em outro local. Em Guarulhos, foi detectada diferença de até 158% no preço do mesmo produto, dependendo do local de venda. O frasco de 170g do molho de mostarda Hellmann?s custava R$ 3,87 num ponto de venda e R$ 9,99 em outro local.

Brasília, a vilã dos preços

Brasília foi a vilã de preços médios entre as 23 cidades pesquisadas. A variação de preços em um ano para a mesma cesta de produtos atingiu 22%. A compra de supermercado no Distrito Federal para quem não abre mão de produtos de marca sai 29% mais cara que no Pará, onde foi encontrado o menor preço médio para a cesta de 104 itens. Em Belém, onde foram encontrados os menores preços, o consumidor precisou de R$ 429,25 para adquirir os 104 itens da cesta composta por produtos de marcas líderes. O Ceará, por sua vez, foi o Estado com menor variação dos preços em relação ao ano passado, entre os pesquisados (7%).

Há 12 anos, a pesquisa é feita em abril e divulgado o resultado em setembro. Este ano foram incluídas mais 3 cidades (Belém, Campo Grande e São Luís). No total, são 23 cidades de 16 Estados, além do Distrito Federal. Em 12 cidades, os preços mais em conta estavam no Makro e Atacadão. Mas outros atacarejos também se destacaram, como o Assaí,no Rio de Janeiro. Foram levantados 269 mil preços em 1.388 pontos de venda, distribuído entre hipermercados, supermercados e hard discount.