Cotidiano

Pescadores ganham lacres para identificação de redes

Após a implantação da medida, os materiais que estiverem sem a identificação serão considerados ilegais e vão ser recolhidos

Santa Helena – Neste mês, a Itaipu em parceria com IAP e Força Verde distribui lacres de identificação de redes de pesca em todas as colônias e associações de pescadores em torno do reservatório. A distribuição segue até dia 28, quando termina a piracema. Os lacres vão facilitar a fiscalização da atividade pesqueira. Após a implantação da medida, os materiais que estiverem sem a identificação serão considerados ilegais e vão ser recolhidos.

Segundo Irineu Motter, da Divisão de Reservatório da Itaipu, os lacres serão distribuídos em todas as dez entidades (entre associações e colônias) que reúnem pescadores na região do lago. “Com o lacre fica mais fácil identificar os proprietários das redes. E se uma rede for instalada de modo inadequado, o pescador será notificado”, explicou Motter, que é gestor do programa Produção de Peixes em Nossas Águas, uma das iniciativas do Cultivando Água Boa.

Ao todo, 850 pescadores profissionais trabalham na margem brasileira do reservatório da Itaipu. Porém, ao final da distribuição do lacre, as instituições envolvidas deverão ter um número atualizado da categoria, uma vez que é necessário apresentar a carteira de registro geral do pescador. Cada profissional recebe até 20 lacres. Como os roubos de redes são comuns, a Força Verde está orientando os pescadores que, caso sejam roubados, façam um Boletim de Ocorrência, para evitar serem responsabilizados por eventuais crimes ambientais que venham a ser cometidos com suas redes. Cada 100 metros de rede custa de R$ 300 a 450, dependendo da malhagem – o espaço entre os nós, que precisa ser de no mínimo quatro centímetros.

Em geral, são passíveis de autuação situações como: colocação da rede em local proibido (área de berçário ou muito perto da margem), ou redes muito próximas umas das outras (menos de 150 metros de distância); ou ainda se a rede cobre mais de um terço da largura de um braço do reservatório. O segundo sargento Adelar José Schmidt, comandante do posto da Força Verde em Santa Helena, explicou que o lacre deverá resolver os problemas de fiscalização que vinham ocorrendo.