Policial

Perícia conclui que incêndio que destruiu mais de 50 ônibus do transporte coletivo de Londrina foi causado por ação humana

Polícia Civil investiga se fogo foi provocado de forma intencional ou acidental. Caso aconteceu em novembro de 2021 e deixou prejuízo de R$ 20 milhões.

Perícia conclui que incêndio que destruiu mais de 50 ônibus do transporte coletivo de Londrina foi causado por ação humana

O Instituto de Criminalística do Paraná concluiu que um incêndio que destruiu 56 ônibus do transporte coletivo de Londrina, no norte do Paraná, foi provocado por ação humana. O resultado da investigação foi apresentado na manhã desta quarta-feira (2).

As chamas atingiram a garagem da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), em novembro de 2021. O prejuízo estimado é de R$ 20 milhões, segundo a empresa.

Segundo o chefe do Instituto de Criminalística de Londrina, Luciano Bucharles, resta apurar se o fogo foi provocado de forma acidental ou intencional.

“Uma bituca de cigarro pode ser acidental ou intencional. Neste momento, para a identificação exata, vamos aguardar a investigação. Nas câmeras que tivemos acesso não tem violação de fora para dentro. Não temos câmeras do perímetro interno. De outra região de muro, alguém pode ter pulado”, disse.

 

O gestor disse ainda que, pela a análise das imagens, não foi identificada atividade suspeita dos funcionários que estavam no pátio da empresa.

Os trabalhos de perícia duraram 73 dias e foram coordenados por equipes de Londrina e Apucarana. Nem todos os 56 ônibus incendiados foram analisados.

Além dos ônibus e das imagens de câmaras de segurança, a perícia também analisou documentos, instalações elétricas dos veículos e até mesmo os muros da garagem.

O laudo foi encaminhado para a Polícia Civil, que continua investigando o caso.

Prejuízo

 

Cada veículo é avaliado em R$ 380 mil, estimando um prejuízo de quase R$ 20 milhões, conforme a TCGL. De acordo com a empresa, por ser uma frota muito grande, os ônibus não tinham seguro.

Dos 136 veículos que estavam no local, ainda segundo a concessionária, os funcionários conseguiram retirar 80.

Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas foram encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por inalarem fumaça, mas sem grandes complicações.

A polícia confirmou que o começo do incêndio foi perto ao muro, nos fundos da garagem, e passou rapidamente de um veículo para outro.

Os ônibus queimados foram vendidos para uma empresa que faz o corte, separação e compactação das estruturas. O material poderá ser reaproveitado para a produção de geladeiras, fogões e máquinas.

G1 Paraná