Cotidiano

Pequenas empresas: Trabalhar por conta é saída contra a crise

Mais de 36 mil microempreendedores encontraram oportunidade de renda

Foz do Iguaçu – Trabalhadores que antes viviam na informalidade encontraram na categoria de Micrompreendedor Individual uma forma de legalizar as suas atividades e se tornar donos do próprio negócio. Para muitas pessoas que em função da crise ficaram desempregadas, essa também tem sido uma oportunidade para garantir uma fonte de renda.

Na região Oeste, 36.380 pessoas estão enquadradas como MEIs, de acordo com dados do Portal do Microempreendedor Individual até o dia 26 de outubro. No Paraná, são mais de 300 mil.

Cascavel lidera o número de cadastros com 8.322 pequenos empresários formalizados. Em Foz do Iguaçu, 7.431 atividades foram enquadradas como MEI e em Toledo o número chega a 4.424. No Oeste, a categoria também tem bastante representatividade em Marechal Cândido Rondon (1.766), Matelândia (1.048) e em Palotina (1.103).

Cerca de 95% dos trabalhadores abriram suas empresas por meio das salas de empreendedores instaladas em 32 municípios da região. O processo também pode ser feito diretamente pelo portal desenvolvido para a formalização.

“É importante ressaltar que apesar de o cadastro ser rápido e simplificado, para abrir a empresa é preciso estar de acordo com as regras da vigilância sanitária e buscar orientação em cada município sobre a área de zoneamento para instalar as atividades, principalmente, no setor de alimentos e saúde”, orienta a agente de desenvolvimento da Casa do Empreendedor em Foz do Iguaçu, Salete Hortz.

A formalidade possibilita aos MEIs, além do CNPJ, usufruir de uma série de benefícios.

“O custo para manter a empresa é praticamente zerado. Aqui em Foz, por exemplo, os microempreendedores individuais são isentos da cobrança de alvará e pagam somente as taxas de regularização previdenciária”, esclarece Salete.

A decisão de abrir uma pequena empresa tem atraído o interesse de trabalhadores da região Oeste nos mais variados segmentos de atividades, com destaque na construção civil, serviços de beleza e comércio de confecções e acessórios.

O consultor do Sebrae/PR, Alan Alex Debus, comenta que a partir da categoria do MEI, muitos empreendedores conseguem crescer no mercado.

“Por meio de licitações, passam a fornecer bens e serviços a mais de uma prefeitura e com isso, ampliam seu faturamento e migram para uma microempresa gerando mais oportunidades de emprego”, ressalta ele.