Policial

Pelotão Cobra é referência no combate a crimes de fronteira

O grupo é capacitado para atuar em terra, água e até em operações aéreas, a fim de combater a ação de contrabandistas e garantir a segurança

Mal. Cândido Rondon – Em três anos de atuação, o Pelotão Cobra (Corpo de Operações de Busca e Repressão Anfíbio), do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) mais de 6 mil caixas de cigarros, com valor estimado em cerca de R$ 13 milhões.

O grupo é capacitado para atuar em terra, água e até em operações aéreas, a fim de combater a ação de contrabandistas e garantir a segurança da fronteira, principalmente entre o Paraná e o Paraguai, além das divisas do Estado com Argentina e Mato Grosso do Sul. O trabalho concentra-se na região do Lago Itaipu e seus afluentes, no Oeste paranaense. O grupo atua preventivamente na repressão dos crimes transfronteiriços como tráfico de armas, drogas, contrabando de cigarros, pneus e outros produtos, evasão de criminosos e transporte de bens furtados.

“O Pelotão Cobra é essencial no policiamento do Lago Itaipu. A PM do Paraná é pioneira no Brasil em criar um grupo especializado em ambientes hídricos e a aplicação desses militares tem resultado em mais segurança na área de fronteira e inibido a ação dos contrabandistas”, diz o comandante do BPFron, Cezar Leory Cooper.

O Paraná é um dos estados brasileiros com o maior tráfego de pessoas e veículos na fronteira e a movimentação intensa exige um reforço de segurança pública. A geografia da região, por ser essencialmente hídrica, propicia o tráfego de embarcações e, consequentemente, uma rota para o narcotráfico.

Muitos contrabandistas utilizam a vastidão do rio Paraná e do lago Itaipu para transportar suas mercadorias do Paraguai para o lado brasileiro, onde deixam o material na mata ciliar para que pessoas do mesmo grupo criminoso façam o transbordo em veículos e caminhões. O produto com maior registro de contrabando é o cigarro.

 

NÚMEROS

Desde 2013 até agora, os policiais militares do Pelotão Cobra apreenderam 84 veículos e 49 barcos, além de 335.400 pacotes de cigarros – 6.708 caixas, cada uma com 50 pacotes do produto, totalizando cerca de R$ 13 milhões. As operações policiais resultaram ainda na apreensão de 21 quilos de crack e na prisão de 17 pessoas.

Somente de janeiro a 20 de agosto deste ano foram apreendidos 28 veículos, além de 19 embarcações e retirados de circulação R$ 5 milhões em cigarros, quatro quilos de crack e dois quilos de cocaína.