Cotidiano

Pelo segundo dia consecutivo, manifestantes pró-Dilma fecham Av. Paulista

SÃO PAULO ? Pelo segundo dia consecutivo, na noite desta terça-feira, estudantes e integrantes de partidos como PT e PCdoB fecharam um dos sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Após confrontos entre a Polícia Militar e manifestantes na capital paulista na noite de ontem e na manhã de hoje, homens da Força Tática e da Tropa de Choque estão espalhados, em fila indiana, pela avenida, mas não impediram o fechamento da via.

A concetração da passeata acontece no vão livre do MASP e, de acordo com a PM, o ato reunia cerca de 200 pessoas às 18 horas. Elas gritavam palavras de ordem a favor de Dilma e contra o presidente interino Michel Temer. O trajeto da manifestação ainda não foi decidido pelos líderes do movimento e a PM afirmou que qualquer movimentação será reprimida, já que a Secretaria de Segurança Pública não foi informada dos planos dos manifestantes previamente.

Em páginas nas redes sociais, os organizadores do ato escreveram que é hora de “dar início ao fim da paz dos golpistas”. “Vamos iniciar a primavera democrática (em referência à primavera Árabe), devemos a ir guerra armados de coragem, energia e com o amor pelo nosso país no peito. Queremos paz, mas se querem guerra, devemos mostrar que sabemos fazê-la”, afirma a convocação do ato.

Pelo menos duas pessoas usaram as filas policiais para insultar a presidente e os manifestantes sem serem agredidos. Um deles, o segurança Guilherme Neres, de 22 anos, culpou Dilma por ter perdido o emprego. Uma mulher que carregava uma bandeira do Brasil tentou passar pelo meio da manifestação e foi impedida pelos policiais.