BRASÍLIA ? Pelo menos 11 pessoas foram presas nas duas operações deflagradas hoje pela Polícia Federal para inibir fraudes no Enem. Todas elas estavam com equipamentos eletrônicos, segundo o delegado Franco Perazzoni.
Além dos quatro mandados de prisão cumpridos na Operação Embuste, outras seis pessoas acabaram detidas em flagrante, como consequência das 15 ações de busca e apreensão feitas. Houve também um preso na Operação Jogo Limpo.
Um dos presos tinnha uma escuta dentro do ouvido tão pequena que teve de ser retirada com pinça, disse Perazzoni. O aparelho, de acordo com o delegado, não é identificado nem por detectores de metal. Ele explicou que a forma de fraude mais comum verificada nas investigações é chamada modalidade em piloto.
Há o piloto, em geral muito preparado para as provas, que se passa por outra pessoa, com falsificação de documentos. Segundo Perazzoni, não é raro haver médicos e outros profissionais já consolidados envolvidos no esquema. A outra modalidade é o piloto, mas com uso de instrumentos eletrônicos.
? Os pilotos são especializados por matéria. Ele transmite o mais rápido possível (as respostas) a uma central e aquilo é retransmitido ? explica Perazonni.
Segundo as investigações, as quadrilhas eram procuradas por pessoas que, em geral, queriam ingressar em cursos concorridos, principalmente Medicina. Mas também havia alta demanda para Direito e Engenharia em faculdades concorridas. O valor varia de R$ 40 mil a R$ 200 mil.
