Cotidiano

Pato de borracha volta para casa após 5 anos de viagens misteriosas

RIO – A família Troiano, de Hampton, New Hampshire, nos EUA, tinha um pato. Era um grande pato amarelo, de borracha, em tamanho real. Tinha sido um presente de uma vizinha há anos, até que um dia desapareceu. E começou a dar a volta ao mundo e postar imagens numa página do Facebook.

O pato, então conhecido como “Baldie” (ou “Carequinha”), chegou na família por volta de 2006, quando a vizinha da família deu de presente para Alícia, que costumava trbalharvar de babá de sua filha. A mãe da jovem, Jennifer Troiano, gostava de deixar o pato no jardim, onde, quando chovia, ele boiava numa poça que se formava no jardim, “quase um laguinho”, conta ela.

Até que um dia, em 2011, o pato sumiu da frente da casa. No começo, nenhuma mensagem, e a família acho que era só vandalismo. Mas então começaram a receber cartões postais de “Gale”, o novo nome do pato (a casa fica na Gale Road). O primeiro era da Cidade do Kuwait, e contava de viagens por Honduras, Amsterdam e o Oriente Médio. Assinado: “Patinho Gale”.

Em seguida, o ladrão/sequestrador/libertador/amigo do pato criou uma página no Facebook para compartilhar imagens das andanças da alegre ave de borracha pelo mundo. Viagens pelo Caribe, México, Coreia do Sul, Havaí, Zimbabue, Islândia e Panama estão lá. Subiu montanhas na Grécia, pescou com ingleses, bebeu em pubs na Áfríca do Sul, fez um cruzeiro norueguês pela costa do Norte da Europa e subiu os Alpes Suíços. Isso sem contas as viagens nos próprios EUA, onde, claro, visitou o Pato Donald na Disney.

Entretanto, em 3 de agosto o pato fez um último post, “Esperando minha carona”, sentado em cima de uma sacola, numa calçada. Jennifer viu o post e reconheceu a sua casa.

“Era a minha casa, eu conheço a minha calçada”, disse ela ao site local “Seacoast On-line”.

Dentro da sacola estavam lembranças de muitos lugares visitados por Gale, mapas, fotos e também óculos escuros para o pato, os favoritos de Alicia.

A família também viaja muito, com férias internacionais e planos de visitar a China. Entrentanto, eles admitem que não seriam capazes de acompanharem o frenético de Gale.

Alicia diz que está desapontada que as aventuras de Gale acabaram. Ela planeja levá-lo nas suas, mas diz que não é a mesma coisa. A família diz que não sabe quem originalmente pegou o pato da calçada, mas suspeita que quem o levou em viagens seja um piloto: uma das fotos foi feita no cockpit do avião (embora admitam que seja estranho um piloto ter rotas tão diferentes).

“Eu realmente queria saber o que inspira uma pessoa a parar, pegar um pato no meio de uma poça (um pato não muito pequeno!) e levá-lo para ver o mundo”, diz a filha, ainda curiosa.

“Ia ser a primeira coisa que eu pensaria se visse um pato dando mole ali”, diz a mãe, rindo.