Política

Partidos deixam definições para os instantes finais

Candidatos à prefeito de Cascavel estão namorando candidatos à vice ainda

Partidos deixam definições para os instantes finais

Já é praxe em Cascavel a maior parte das definições eleitorais ficar para os acréscimos do segundo tempo, isso quando não vai para a prorrogação, ou seja, tudo pode mudar até o registro no cartório. Neste ano, não deve ser muito diferente.

Assim como o PSC do prefeito Leonaldo Paranhos, candidatíssimo à reeleição, que realiza a convenção às 19h do dia 16 de setembro, na Câmara de Vereadores, e o Pros do ex-prefeito Edgar Bueno (mesmo dia, mesmo horário), o PDT convocou ontem convenção partidária para a data final, também às 19h, na sede da Associação Médica de Cascavel.

Para aumentar o suspense, a convocação assinada pelo presidente da comissão provisória, Márcio Pacheco, deixa um mistério na pauta: “Definição sobre candidatura própria e/ou ajustamento de coligação na eleição majoritária”.

Ontem mesmo circulava nas redes sociais vídeo do deputado estadual, no qual fala da “pré”-candidatura. Andando no Lago Municipal de Cascavel, ele diz que “é sim, pré-candidato” e que, por amor à cidade, está colocando seu nome “à disposição da população como pré-candidato a prefeito de Cascavel”.

Aproveita para criticar o fundo eleitoral, repetindo as declarações que vem fazendo há alguns meses, e só então volta para a disputa à Prefeitura de Cascavel: “Apresentaremos nosso projeto para a população de Cascavel com desapego, sem ganância para chegar ao poder ou se perpetuar no poder a qualquer custo. Por isso, com muita liberdade, vamos falar a verdade para as pessoas. Porque, cá entre nós, ninguém aguenta, ninguém merece promessas, mentiras, publicidade, enganação”.

Assim como o prefeito Paranhos, Pacheco também está à caça de um vice. Ambos namoraram e (pelo jeito) descartaram Juarez Berté, do DEM.

A outra frente é do ex-prefeito Edgar Bueno (Pros), que esperava até ontem à noite manifestação do presidente estadual do PSL, deputado Fernando Francisquini, que, quinta-feira passada, sem avisar ninguém, dissolveu a comissão provisória cascavelense. O ex-dirigente Paulo Porch, edgarista de carteirinha, atribui a puxada de tapete a articulação de Paranhos e do governador Ratinho Massa.

Causou estranheza porque o PSL local havia recebido orientação de Francisquini para abraçar a pré-campanha e coligar com Edgar. Na imprensa, Paranhos comentou haver pedido a volta do deputado Coronel Lee (PSL) à direção da agremiação municipal, admitindo interesse dela fazendo parte do time de coligados.

O Democratas, de Berté, estaria namorando o atual prefeito, que corresponde, mas sem intenção de dar a vice ao seu ex-secretário, que ainda sonha com a possibilidade de disputar o pleito como candidato a prefeito.

O PT também agendou para o dia 16 sua convenção, na qual deve confirmar o nome do vereador e professor Paulo Porto para prefeito de Cascavel. A vice está em negociação com o PCdoB, mas o partido também pode ir de chapa pura, garante Porto.

De certo mesmo, até agora, apenas a chapa pura do PRTB, com dois militares da reserva: Arsênio Rodrigues Filho a prefeito e Jorge Jerônimo como vice.