Cotidiano

Parque Salto Portão: apenas uma “esperança”

Os degraus estão caindo aos poucos

Parque Salto Portão: apenas uma “esperança”

Um cadeado no portão e uma placa de “fechado para reformas” é como a unidade de conservação Salto Portão, conhecida como Ponte Molhada, é encontrada em Cascavel.

O parque foi fechado no ano passado para retirada das árvores Pinus Elliotti – uma espécie invasora e que impede a regeneração de espécies nativas -, reformas na estrutura física e pintura dos três quiosques e dos banheiros, construção completa da escadaria que dá acesso à cachoeira e o desassoreamento do lago, além de limpeza do local.

A data de quando a revitalização ficaria pronta? Março de 2019. Mas, três meses depois o parque ainda necessita de reparos. “Fica só a esperança de que um dia ficará como nos foi prometido”, diz o morador Leonel Domingos Casaroto.

Leonel vive próximo ao local há mais de 20 anos e conta que era uma opção de lazer para os domingos.

Uma parte das promessas foi cumprida: os quiosques foram reformados e pintados e algumas árvores Pinus foram retiradas na entrada do parque.

Quando questionada se todas as árvores que irão substituir a Pinus já foram plantadas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente respondeu apenas que essa situação ainda não tem data definida.

De acordo com pasta, 30% da obra foi concluída e os serviços estão parados porque a Secretaria aguarda madeiras chegarem para dar continuidade aos trabalhos, já que a escada que dá acesso à cachoeira e o deck que dá acesso ao lago serão construídos com o material.

Inicialmente a obra foi estimada em R$ 150 mil com os materiais e mão de obra da Cohavel (Companhia de Habitação de Cascavel).

O que falta fazer

Próximo ao lago, o famoso espelho d’água, ainda existem muitas árvores Pinus, a espécie invasora, e o mato tomou conta do deck em que era possível deslumbrar a beleza do local. Além disso, A Secretaria de Meio Ambiente informou que o lago ainda não foi desassoreado.

A escadaria que dá acesso ao píer da cachoeira não tem vários degraus e, os que ainda existem, ameaçam desmoronar, fato que torna muito difícil chegar ao final do percurso. “Nós temos medo de que alguma pessoa caia lá e se machuque ou morra, porque é muito perigoso”, afirma o aposentado Sansão Elba.

Vandalismo

Para ter acesso ao parque, vândalos destruíram duas telas das cercas que marcam o espaço da conservação.

Famílias buscam lazer

O aposentado Sansão Elba vive em frente ao parque e conta que algumas famílias ainda vão até o local procurando lazer e diversão aos fins de semana. “Nós ficamos chateados em ver isso, porque o parque já deveria ter sido inaugurado”.