Saúde

Paraná tem terceira maior taxa de transmissão da Covid-19 do Brasil, aponta monitoramento

Taxa está em 1.83, segundo plataforma Loft Science. Número indica que cada 100 infectados contaminam outras 183 pessoas. Na capital, média de exames de Covid por dia está em seis mil

Paraná tem terceira maior taxa de transmissão da Covid-19 do Brasil, aponta monitoramento

O Paraná está com a terceira maior taxa de transmissão de Covid-19 do Brasil, de acordo com a última atualização do monitoramento da plataforma Loft Science.

Na quinta-feira (20), a taxa estava em 1.83. O número aponta que cada 100 infectados contaminam outras 183 pessoas.

Quando o índice fica abaixo de 1, significa queda das transmissões, mas, acima disso, alerta para o aumento de casos.

O número apontado no Paraná fica atrás apenas de Amazonas, com 1.98, e Minas Gerais, com 1.91.

Essas taxas de transmissão da doença nos três estados estão mais elevadas, inclusive, do que a do Brasil, que está em 1.74.

Conforme o monitoramento, em 1º de janeiro deste ano o Paraná estava com taxa de transmissão de 0.87. No dia 5, já foi para 1.06.

O pico deste mês, foi nos dias 13 e 14 de janeiro, com 1.97 de taxa de transmissão da Covid-19 no estado.

Doença no Paraná

Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 1.758.767 diagnósticos e 40.730 óbitos pela Covid, conforme boletim publicado na quinta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Na comparação com o boletim de quarta (19), foram contabilizados 13 novas mortes e 25.852 diagnósticos a mais da doença. Do total de novos diagnósticos, 22.096 são de janeiro.

Todas as 399 cidades do estado possuem pelo menos um caso confirmado de coronavírus e uma morte.

A taxa de recuperação da Covid no Paraná é de 87%. Já a taxa de letalidade está em 2%, segundo o relatório.

Paraná confirma mais 13 mortes por Covid e 25.852 casos — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Paraná confirma mais 13 mortes por Covid e 25.852 casos — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Aumento de testes na capital

 

Conforme dados da Prefeitura de Curitiba, desde o começo da pandemia foram registrados 330.134 casos confirmados e 7.837 mortes pelo novo coronavírus.

São 10.854 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Na capital, a média de exames de Covid por dia está em seis mil – quase três vezes mais do que em outros períodos mais críticos.

Até o mês passado, quem fazia o teste PCR para a Covid levava de dois a três dias para receber o resultado. Agora, o prazo é, pelo menos, o dobro.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconhece a demora e justifica que a lentidão se deve à alta demanda.

“Nós estamos com uma alta demanda de pessoas com sintomas procurando a testagem, seja na rede pública seja na rede privada. Essa demanda é tamanha que fez com que o processamento das amostras não acabe acompanhando com a rapidez que a gente precisaria para fazer uma melhor atuação nesse sentido”, disse Beatriz Nadas, secretária de saúde interina de Curitiba.

Parte das amostras coletadas nas unidades de saúde de Curitiba é analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o Lacen processa os resultados em média em 24h, podendo demorar até 48h, quando é necessário processar novamente a amostra.

Além disso, afirmou que o Lacen não apontou nenhum atraso em amostras enviadas por Curitiba que ultrapassem este período.

(G1 Paraná)