Santa Tereza – Há quase um mês do início das ocupações, protesto organizado por alunos secundaristas contra a PEC 241 e a MP 746, que prevê reforma na educação, 850 colégios no Paraná permanecem sem aula, conforme o movimento Ocupa Paraná. Em 145 deles há risco de o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ser suspenso, já que são locais de prova definidos pelo Ministério da Educação. Já o Estado confirma 792 instituições ocupadas.
Já a greve dos professores da rede estadual segue hoje para o nono dia. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, apenas 2% das escolas estão totalmente paradas, o que representa 42 unidades; 21% funcionam parcialmente e 44% estão abertas normalmente. Os dois movimentos afeta aproximadamente 500 mil alunos.
O Governo do Paraná afirmou ontem que diretores e professores que estiverem dando amparo às ocupações das escolas poderão ser punidos. Segundo o governo, esses profissionais poderão responder a processos administrativos ou sindicâncias. Em greve, os professores afirmam que não têm ligação com as ocupações. O Governo afirmou ainda que entre sábado (22) e domingo (23), 39 escolas desocupadas no Estado após a Justiça determinar reintegração de posse.
Protestos
A PEC 241 foi motivo também de protesto no Oeste. Um grupo de professores estaduais percorreu ontem as ruas de Santa Tereza do Oeste, protestando contra o texto que estabelece limite para o aumento de gastos públicos. A PEC foi apresentada pelo presidente Michel Temer e aprovada em primeira votação no último dia 11. Agora, precisa passar por mais uma votação, marcada para hoje.
Às vésperas da votação da PEC 241, técnicos administrativos da UFPR, UTFPR , Unila e trabalhadores da Funpar aprovaram o início de greve. Hoje, a categoria fará um ato em Curitiba. Devem ser realizadas ainda atividades específicas nos locais de trabalho durante a tarde. O Sinditest reforçou que a greve será por tempo indeterminado, conforme aprovado na assembleia do dia 13 de outubro.
Amanhã será realizada uma assembleia de avaliação da paralisação, porém, segundo o sindicato que representa a categoria, os trabalhadores permanecerão em greve enquanto a PEC 241 estiver em tramitação.
Civil
Além dos professores, os policiais civis também continuam em greve, mantendo apenas os serviços considerados de emergência. Já é o nono dia de paralisação.
A reivindicação dos policiais é por mais equipamento de proteção individual, como os coletes balísticos, indispensável para o trabalho. A categoria pede ainda a implantação de um novo estatuto que rege a profissão, além da retirada dos presos das delegacias do Paraná e concurso público.
Receita Federal
Cerca de 600 analistas tributários da Receita Federal do Paraná decidiram paralisar as atividades entre esta segunda-feira (24) e quarta-feira (26) como forma de protesto contra atos de interferência da administração da Receita estariam interferindo na tramitação de um projeto que está em análise na Câmara dos Deputados sobre a reestruturação na remuneração dos servidores, segundo o SindiReceita (Sindicato da Carreira Auditoria da Receita Federal).
