Cotidiano

Paraná tem 54 mil hectares em proteção

Paranaguá – O Paraná conta hoje com 259 RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) cadastradas e averbadas como federais, estaduais ou municipais. Elas protegem mais de 54 mil hectares de mata nativa, que, além de garantir a preservação do ambiente, também contribuem para incremento de renda aos municípios através do ICMS Ecológico.

Desde 2011 foram criadas mais 26 Unidades de Conservação de diferentes categorias. O maior e mais importante ato de proteção ocorreu em junho deste ano, quando dois decretos ampliaram a área de proteção ambiental da Mata Atlântica em Paranaguá.

“Além do combate ao desmatamento ilegal nós estamos preocupados em proteger os remanescentes que ainda existem”, afirma o presidente do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

O maior e mais importante ato de proteção ocorreu em junho, quando dois decretos ampliaram em 4,65 mil hectares a área de proteção ambiental da Mata Atlântica em Paranaguá, no litoral. Um deles aumentou a área da Estação Ecológica Guaraguaçu em 3,39 mil hectares.

O outro decreto criou o Parque Estadual do Palmito, antes classificado como floresta estadual e que permitia o uso sustentável dos recursos naturais no local. Com a mudança, o agora Parque Estadual se tornou área de proteção integral. Ou seja, é permitido, apenas, o uso indireto dos seus recursos naturais, como em pesquisas científicas e no turismo ecológico, por exemplo.

Esse mesmo decreto também ampliou em 1,26 mil hectares a área da Unidade de Conservação, que passou a ter 1,78 mil hectares.

Outra categoria entre as Unidades de Conservação criadas nesse período protege mais de 4 mil hectares. Ao todo, são cinco faxinais que foram reconhecidos em 2013.

O Faxinal abriga comunidades tradicionais do Paraná. Nele a terra é coletiva e as famílias fazem troca de produção agrícola e exploração sustentável da floresta.

São 259 áreas protegidas em todo o Paraná

Particulares

Além desses locais, grande parte das Unidades de Conservação criadas conta com a participação social. Nesse período, 21 reservas foram criadas voluntariamente por cidadãos que se preocupam com a questão ambiental. Ao todo, essas unidades de conservação protegem 2,7 mil hectares de importantes fragmentos florestais do estado.

Para ser considerada como RPPN a área deve apresentar características que provem a relevância ambiental do local como, por exemplo, abrigo para espécies da fauna ou flora nativas ou, ainda, justificar a recuperação ambiental devido sua grande importância para o ecossistema ou região. As reservas podem ser criadas em áreas urbanas ou rurais, por pessoa física ou jurídica, sendo possível incluir em seu perímetro as áreas de reserva legal e de preservação permanente.