Saúde

Paraná reforça atenção aos profissionais de saúde no terceiro lote das vacinas

Estratégia amplia a vacinação que já alcançou mais de 94 mil trabalhadores desse segmento. Vacinas foram distribuídas a sete Regionais de Saúde

O secretário de Estado da Saude Beto Preto  entrega  novo lote da vacina contra o coronavírus nesta sexta-feira (29). São atendidas sete regionais com 19,6 mil doses. 29/01/2021 -  Foto: Geraldo Bubniak/AEN
O secretário de Estado da Saude Beto Preto entrega novo lote da vacina contra o coronavírus nesta sexta-feira (29). São atendidas sete regionais com 19,6 mil doses. 29/01/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O terceiro lote das vacinas contra a Covid-19 será direcionado exclusivamente para profissionais de saúde que estão na linha de frente de hospitais e unidades especializadas em doenças respiratórias nos municípios do Paraná. A estratégia reforça a vacinação que já alcançou mais de 94 mil trabalhadores desse segmento no Estado. Foram distribuídas nesta sexta-feira (29) mais 19.600 doses da CoronaVac/Instituto Butantan para sete Regionais de Saúde, atendendo ao critério de proporção de profissionais nesses locais e o comparativo em relação às doses já recebidas.

“Continuamos nesse trabalho de cobertura nos profissionais de saúde. Ainda não temos eles 100% vacinados. É uma pequena quantidade de doses e direcionamos para a estratégia dos hospitais maiores. As regionais farão a distribuição e o controle dessas aplicações”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Segundo ele, o Paraná tem como prioridade a vacinação de 303.028 profissionais de saúde, a maioria atuando na linha de frente desde o começo da pandemia, em março do ano passado. Eles estão na lista prioritária do Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 por causa do contato (ou exposição) com os pacientes infectados e porque os municípios e os hospitais públicos, privados e filantrópicos têm dificuldade de reposição diante de afastamentos.

“Queremos que todos os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoas que trabalham diretamente nos hospitais estejam imunizados para continuar trabalhando. Não podemos ter uma pessoa dentro de uma UTI, em um isolamento de problema respiratório, sem ter tomado a vacina”, acrescentou o secretário. “A ideia é que trabalhem mais tranquilos. São eles que estão na linha de frente, essa vacinação é muito importante nesse momento”.

O secretário estadual de Saúde também afirmou que o Paraná deve receber nos próximos dias mais um lote – cerca de 5% das 3,7 milhões da CoronaVac. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado mantém diálogo com o Ministério da Saúde para reequilibrar a distribuição de imunizantes, uma vez que o Rio Grande do Sul, com população menor, recebeu, até o momento, mais vacinas.

“Assim que essas doses chegarem, faremos uma nova distribuição muita rápida, dentro da estratégia que adotamos desde o começo da imunização”, arrematou o secretário. “Se tivéssemos hoje 1 milhão de vacinas, nossas equipes fariam esse trabalho rapidamente. Temos capacidade, experiência, treinamento, por isso o nosso ritmo está acelerado”.

 

Terceiro lote

Serão atendidos os profissionais da linha de frente do Hospital Regional de Guaraqueçaba e Hospital Regional do Litoral (1ª Regional de Saúde); Hospital Waldemar Monastier, Complexo Hospitalar do Trabalhador e equipamentos de saúde de Curitiba (2ª RS); Hospital Regional Walter Alberto Pecoits, em Francisco Beltrão (8ª RS); Hospital Municipal de Foz do Iguaçu (9ª RS); Hospital Metropolitano de Sarandi e Hospital Universitário de Maringá (15ª RS); unidades da região de Apucarana (16ª RS); e Santa Casa e Hospital Evangélico de Londrina (17ª RS).

A distribuição para a 1ª RS e a 2ª RS aconteceu diretamente no Cemepar (Centro de Medicamentos do Paraná), em Curitiba. O transporte para Francisco Beltrão também foi terrestre. As demais doses foram encaminhadas para o Interior com duas as aeronaves do Governo do Estado (um P-EUS Seneca III e um PR-PRX King Air 350), nos mesmos moldes das últimas entregas. Um voo teve como destino Maringá e o outro Londrina e Foz do Iguaçu.

O imunizante é o CoronaVac, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. As vacinas fazem parte do lote que chegou ao Estado na segunda-feira (25) e integram o pacote envasado no Brasil, que teve uso emergencial autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última sexta-feira (22).

 

Total

Essas doses compõem a terceira remessa de vacinas contra o coronavírus que chegou ao Paraná. No dia 18 o Estado recebeu 265.600 doses da CoronaVac. No dia 23, outras 86.500 doses, desta vez do produto desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca e a Fiocruz. Com as 39.600 do terceiro lote, o Paraná chegou a 391.700 doses.

A diferença entre a CoronaVac e a AstraZeneca é no prazo de aplicação entre uma dose e outra, pois ambas preveem duas imunizações. Enquanto a CoronaVac pede um intervalo de três semanas, a vacina de Oxford requer espaço de cerca de quatro meses.

Assim, os lotes formados pelo imunizante da Sinovac foram divididos em duas partes iguais, garantindo as duas doses para quem for receber. No caso da AstraZeneca será usada todas as vacinas para pessoas diferentes porque estão previstas a chegada de novas remessas ao Paraná neste intervalo de 120 dias. A quantia distribuída até o momento será suficiente para proteger aproximadamente 238,8 mil paranaenses.

 

Plano

Segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a covid-19, que segue a mesma linha do PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde, na primeira etapa da vacinação são imunizados profissionais da saúde que atuam na linha de frente de atendimento aos doentes, os que aplicam as vacinas, pessoas com mais de 60 anos que residem em ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos) e os profissionais que atuam nos locais, população indígena, pessoas com deficiência severa e trabalhadores que atuam em unidades de saúde que atendem pacientes com suspeita ou confirmação da infecção pelo novo coronavírus.

A definição de grupos prioritários seguiu critérios do Ministério da Saúde, como tempo de contato (ou exposição) com os pacientes infectados pela covid-19 e pessoas com maior risco de complicações pela infecção causada pelo Sars-CoV-2.

Na sequência, o Estado planeja vacinar pessoas com 80 anos ou acima desta idade, pessoas entre 75 e 79 anos e assim sucessivamente, até aqueles que têm idade variando entre 60 e 64 anos. Com a quantidade de doses disponibilizadas, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão é vacinar cerca de 4 milhões de pessoas até maio de 2021. A vacinação ocorrerá de acordo com o recebimento dos imunizantes, de forma gradual e escalonada.

O Paraná tem 1.850 salas de vacinação nos 399 municípios. A quantidade de locais varia em cada cidade de acordo com o tamanho da população. Os municípios são responsáveis pela gestão dos profissionais para aplicação das doses da vacina.

 

Fonte: AEN