Cotidiano

Paraná amplia atenção a refugiados

Curitiba – O governo do Estado está ampliando a estrutura dedicada a atender migrantes e refugiados. Pioneiro na criação de um centro estadual para imigrantes, refugiados e apátridas no País, o Paraná vai também capacitar professores para dar aulas de português para estrangeiros, tanto para crianças como adultos, nas escolas estaduais.

O Paraná é o terceiro estado com maior número de trabalhadores imigrantes do País. Em 2016, havia 13.833 pessoas de outros países trabalhando com carteira assinada no Estado, atrás apenas de Santa Catarina (14.348) e São Paulo (43.141).

A língua ainda é uma das principais barreiras para migrantes e refugiados conseguirem se comunicar, fazer documentos e arrumar trabalho, de acordo com Regina Bley. “O Brasil é um país altamente acolhedor e isso é um princípio constitucional, que faz com que os direitos para os estrangeiros sejam praticamente os mesmos de um brasileiro”, diz ela.

A demanda pelo aprendizado do português para estrangeiros cresceu consideravelmente porque, desde 2010, o número de imigrantes no Estado aumentou 277%. Em 2010, o Estado tinha um contingente de 3.660 trabalhadores de outros países atuando no mercado de trabalho formal.

Na vanguarda

O Paraná foi o primeiro Estado do País a criar um conselho estadual específico para pensar soluções e melhorias para a situação dos migrantes. O Cema (Conselho Estadual de Migrantes, Refugiados e Apatriados), criado pela Lei 18.465/15, é composto de 18 integrantes, nove da sociedade civil e nove representantes do Executivo estadual.