Cotidiano

Paraná agiliza Porto Seco na fronteira com Argentina

Curitiba – A governadora Cida Borghetti assinou ontem termo de cooperação para a implantação do Porto Seco de Santo Antônio do Sudoeste, na fronteira com a Argentina. A proposta é implantar uma Estação Aduaneira de Interior na estrutura da Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná) no Município. Isso desafogará as aduanas de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina.

O termo de cooperação foi assinado entre a Codapar e a Prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste. O documento passará agora pela análise da Secretaria de Estado da Fazenda, da Receita Estadual e da Procuradoria-Geral do Estado. “Vamos analisar de forma bastante detalhada para garantir a segurança jurídica do projeto”, afirmou a governadora. “O Porto Seco vai eliminar um gargalo logístico no sudoeste do Paraná e agilizar as ações referentes ao Mercosul. Apoiamos todas as ações de desenvolvimento do Paraná e a questão da fronteira é um tema de interesse do governo”, afirmou Cida.

Integração

Porto Seco é um terminal alfandegário de uso público, localizado em uma zona terrestre. O local oferece serviços de desembaraço, entre postagem, movimentação de contêineres e mercadorias em geral, destinados à importação ou exportação.

Para o prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Zelírio Peron Ferrari, o Porto Seco trará mais desenvolvimento e integração na região de fronteira. “Com essa estrutura haverá na região um tráfego melhor e maior volume de mercadorias comercializadas. O acesso à Argentina por Foz do Iguaçu, que fica a mais de 300 quilômetros do nosso município, está bastante lotado”, explicou. “Há viabilidade para implantação do projeto, que vai ampliar as divisas do Estado e será importante para a Codapar e para os municípios da fronteira”, disse.

Estrutura

De acordo com o diretor-presidente da Codapar, Tino Staniszewski, a implantação do terminal vai facilitar o comércio de produtos entre os estados das Regiões Sul e Centro-Oeste com países como o Paraguai e a Argentina. “Um dos gargalos hoje é o milho produzido no Paraguai e comercializado para o Paraná e Santa Catarina, que são grandes produtores de suínos e aves. A implantação do Porto Seco vai viabilizar o desembaraço dessas cargas”, explicou.

Próximas etapas

A primeira etapa do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental para a efetivação do projeto já foi realizada. Agora está em conclusão a segunda etapa do estudo de viabilidade, elaborada pelo Sebrae. A ideia é adequar a estrutura da Codapar conforme as normas alfandegárias da Receita Federal. A unidade fica em uma área de 60 mil metros quadrados às margens da BR-163. O espaço é utilizado atualmente para armazenagem de produtos agrícolas e conta com instalações administrativas, galpões, balança e silos.