Cotidiano

Para Firjan, aprovação da PEC é fundamental para recuperar confiança

RIO – No dia seguinte à aprovação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita os gastos do governo por 20 anos, o Sistema Firjan divulgou nota afirmando que o aval, em primeiro turno, é um passo fundamental na recuperação da confiança e para a retomada da economia. A federação também destaca a necessidade de aprovação de outras reformas, como da Previdência e a trabalhista.

?A aprovação pela Câmara dos Deputados, em primeiro turno, da PEC que limita o crescimento dos gastos à inflação é um passo fundamental na recuperação da confiança, cuja deterioração está na base do complexo quadro vivenciado no país?, afirma a Firjan em nota.

?Para o Sistema Firjan, o ajuste das contas públicas é pré-requisito para o início de um processo de retomada sustentada da economia. Os problemas fiscais brasileiros são conhecidos e de natureza estrutural e, na essência, atacá-los significa fazer justamente o que o governo tem sinalizado. Além do limite institucional para os gastos públicos, é fundamental a aprovação de reformas estruturais, como a da Previdência e a que simplifica as relações de trabalho?, acrescenta o comunicado.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que fixa um teto para os gastos públicos por 20 anos. O placar mostra que o governo conseguiu passar um rolo compressor sobre as tentativas da oposição de obstruir a votação do texto. Foram 366 votos a favor e 111 contra, com duas abstenções. Eram necessários, no mínimo, 308 votos. Os destaques apresentados pela oposição, como forma de desfigurar o texto, foram derrubados pelos deputados após quase cinco horas de votação.

Por ser uma emenda, o projeto ainda precisa ser apreciado mais uma vez no plenário da Câmara. Somente depois disso, ele poderá seguir para o Senado. A PEC prevê que, durante sua vigência, as despesas públicas só poderão crescer com base na inflação do ano anterior.

Para aprovar a PEC, o Palácio do Planalto fez uma verdadeira força-tarefa. O presidente Michel Temer participou de um almoço com líderes da base aliada na residência do deputado Rogério Rosso (PSD-DF). Temer também convidou todos os parlamentares da base aliada na Câmara para um jantar o Palácio da Alvorada, algo inédito. Ele pediu ainda que três de seus ministros, que são deputados licenciados,deixassem os cargos para votarem a favor da PEC: Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia; Bruno Araújo, das Cidades e Marx Beltrão, do Turismo.