Cotidiano

Para CUT, reforma da previdência é atrocidade contra o trabalhador

SÃO PAULO ? O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, chamou de ‘uma atrocidade contra os trabalhadores brasileiros’ as propostas feitas pelo governo para a reforma da previdência. Freitas disse que a reforma atinge especialmente os trabalhadores mais pobres, que ingressam no mercado de trabalho aos 14 anos. As declarações foram feitas num vídeo postado pelo dirigente numa rede social.

? O filho de quem tem mais condições começa trabalhar depois da faculdade. Mas o Temer acha que é a mesma coisa. Isso não é justo. O mesmo vale para homens e mulheres. As mulheres ganham menos, tem a questão da dupla jornada e, na hora da aposentadoria, tem esse presente de igualar a idade mínima (65 anos). Não concordamos de jeito nenhum – disse Freitas, que participou, nesta terça-feira, da reunião extraordinária da Direção Nacional da CUT, realizada em Florianópolis, Santa Catarina.

Freitas confirmou um grande ato no próximo dia 13, em Brasília, contra as pautas de retirada de direitos dos trabalhadores.

Sobre a contribuição de 49 anos para ter benefício integral, Freitas disse que esta é a lógica de Temer, de que é preciso “trabalhar para dar lucro para o patrão, perder a saúde e depois não ter o direito de se aposentar”.

? Tem outra coisa pior. Existem regiões do Brasil em que a expectativa de vida é menor do que 65 anos, então a pessoa vai morrer antes de se aposentar. Não tem lógica isso. São medidas de quem não gosta do trabalhador, não entende o mercado de trabalho e de quanto isso vai ser ruim para o trabalhador brasileiro – afirmou o dirigente.

Freitas afirmou que a central está atenta para “os golpes contra o povo brasileiro que estão por vir, como a reforma trabalhista, já sinalizada por Temer, da terceirização na atividade fim e a PEC da morte (PEC55, antiga 241), que continua em tramitação”.