Cotidiano

Paquistanesa é presa por jogar ácido em homem que se recusou a casar com ela

Uma paquistanesa foi presa após ser acusada de queimar com ácido o namorado que se recusou a casar com ela. Momil Mai, uma mulher casada e com quatro filhos, mantinha há alguns anos um relacionamento com Saddaqat Ali, de 25 anos e também casado, de acordo com a polícia da cidade de Multan, no centro do país. Ali teve 60% do corpo queimado e seu estado é grave.

Os agentes informaram que Mai pediu a Ali que se cassasse com ela. A poligamia é legal, mas pouco frequente, para os homens no Paquistão, um país muçulmano conservador, onde uma mulher deve se divorciar antes de casar novamente.

“Na quarta-feira à tarde, como de costume, Ali foi encontrar Mai, mas ela jogou ácido depois que ele se recusou, mais uma vez, a casar com ela”, disse o policial Bashir Ahmed.

O diretor do hospital de Multan, Ashiq Malik, disse que 60% do corpo de Ali ficou queimado e os médicos lutam para mantê-lo com vida. O ácido não atingiu o rosto da vítima.

A família de Ali apresentou uma denúncia contra Mai, cujo marido é operário, e a polícia abriu uma investigação. Os ataques com ácido, utilizados há muito tempo para resolver disputas pessoais e familiares no Paquistão, desfiguram e cegam as vítimas, em sua maioria mulheres.

A cada ano são registrados centenas de casos, mas é raro que uma mulher seja a autora de um crime contra um homem.