Cotidiano

Papa pede que universitários usem menos o celular para dialogar

64939663_Pope Francis arrives to attend a meeting at the Roma Tre University in Rome Italy Febru.jpgROMA ? O Papa Francisco visitou pela primeira vez uma universidade pública em Roma, nesta sexta-feira,, e aconselhou os alunos a se comunicarem menos pelo celulare e pelo compuntador e dialogarem mais com o coração, porque “o diálogo é o antídoto para a violência”. Falando para uma plateia de 40 mil estudantes da Universidade Roma Tre, especializada em ciências humanas, o papa argentino pediu para que eles “falem sem gritar” e “aprendam a ouvir”.

? Quando não há diálogo em casa, quando se grita em vez de falar ou quando estamos à mesa e, em vez de conversar, usamos o celular… É o início da guerra, porque não há nenhum diálogo ? disse Francisco, do átrio exterior da universidade, onde ele palestrou.

? Na faculdade, deve-se exercer o trabalho artesanal do diálogo artesanato ? completou ele, durante a reunião com os alunos, marcada por um debate franco e aberto, às vezes improvisado. ? É preciso baixar o tom um pouco, falar menos e ouvir mais. O primeiro medicamento contra a violência é o coração, que, antes de discutir, dialoga. O diálogo aproxima as pessoas e os corações.

Francisco, elogiado pelo reitor da universidade por sua defesa dos pobres, foi bem recebido tanto pelos alunos quanto pelos professores.

O papa latinoamericano, que foi professor na cidade de Buenos Aires, também respondeu às questões levantadas por quatro universitários, incluindo uma sobre o futuro das novas gerações.

? Como se pode pensar que os países desenvolvidos tenham um desemprego de jovens tão forte? Há países na Europa com um desemprego de 40% entre os jovens. Em outros, 50 %, e outros chegam quase a 60%. Isto acaba com a cultura do trabalho ? disse ele. ? O drama atual é o de uma economia líquida que produz desemprego. É um momento diferente, mas devemos assumi-lo como ele nos chega, sem medo.

A visita de Francisco, que foi aplaudido várias vezes, contrastou com aquela programada por Bento XVI em 2008 na Universidade La Sapienza de Roma, que teve de ser cancelada pelos protestos de estudantes e professores contra a posição da Igreja em relação á ciência ciência.