Política

Países devem sair de uma só vez da Unasul, diz ministro

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse ontem (20) que os países devem deixar a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) de forma conjunta. Os presidentes de sete países da América do Sul confirmaram presença, nesta sexta-feira (22), em Santiago (Chile), onde será feito o anúncio oficial da criação do Prosul, projeto idealizado para substituir a Unasul, paralisada há mais de dois anos.

Integram o Prosul Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e República Dominicana. Confirmaram presença no encontro os presidentes da Argentina, da Colômbia, do Equador, do Paraguai, do Peru e do Brasil, além do Chile.

“A ideia é de que os países sul-americanos façam um movimento em conjunto [de sair da Unasul]. Estamos pensando se é na visita ou logo depois. Mas a ideia é fazer em conjunto”, disse o chanceler em entrevista coletiva no Palácio Itamaraty.

Vícios de origem

Para Araújo, a Unasul é um organismo que “já nasceu com vícios de origem” e será substituído por um organismo “mais leve” que se dedique a iniciativas concretas entre os países da América do Sul. “É preciso que continue existindo um organismo de maneira leve, flexível e prática, que reflita o fato de que você tem uma região que precisa se integrar”, afirmou.

Cúpula

O presidente Jair Bolsonaro vai participar em Santiago, no Chile, da Cúpula do Prosul que pretende marcar a retomada de negociações em torno da integração da região.

A proposta idealizada pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, tem formato mais enxuto e é menos onerosa a todos. Os presidentes devem anunciar o aval à nova composição ainda na sexta-feira, após a reunião.

Em Santiago, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Roberto Ampuero, destacou a parceria com o Brasil. “É um dos melhores aliados históricos do Chile com o qual temos relações extraordinárias e que nos damos historicamente bem.”