Saúde

Países consideram aplicar vacinas diferentes na segunda dose

Vários estudos médicos andamento estão avaliando a eficácia da troca de vacinas

Vacinação dos profissionais de saúde, veterinários e agentes funerários com 60 anos ou mais de idade, que estam na ativa, na Clínica da Família Estácio de Sá, na região central da cidade. O município do Rio de Janeiro ampliou hoje (27) o público-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19.
Vacinação dos profissionais de saúde, veterinários e agentes funerários com 60 anos ou mais de idade, que estam na ativa, na Clínica da Família Estácio de Sá, na região central da cidade. O município do Rio de Janeiro ampliou hoje (27) o público-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19.

Ao menos dez países consideram usar vacinas de covid-19 diferentes nas segundas doses para lidar com atrasos no fornecimento e com preocupações de segurança que atrapalham suas campanhas de vacinação.

Vários estudos médicos andamento estão avaliando a eficácia da troca de vacinas.

No Canadá, autoridades disseram em maio que quem recebeu a vacina covid-19 da AstraZeneca na primeira dose pode receber uma outra na segunda. A decisão se deu pelas preocupações com suprimento, bem como no aumento da incidência de coágulos sanguíneos, ainda que raros, em recipientes da vacina.

Na China, em abril, pesquisadores chineses testaram alternar doses da vacina da CanSino Biologics e a da Chongqing Zhifei Biological Products, de acordo com dados de registro de ensaios clínicos.

O chefe de vigilância em saúde do país disse em 12 de abril que o país estava “considerando formalmente” misturar doses de vacina da covid-19 desenvolvidas com diferentes tecnologias para aumentar sua eficácia.

O Instituto de Saúde e Bem-estar da Finlândia informou em 14 de abril que os recipientes da primeira dose da vacina da AstraZeneca com menos de 65 anos podem receber uma vacina diferente na segunda dose, diante dos atrasos na campanha no país.

Principal órgão consultivo de saúde da França, a Haute Autorité de la Santé (HAS) recomendou em abril que as pessoas com menos de 55 anos injetadas com uma primeira dose da vacina AstraZeneca deveriam receber a segunda de uma das vacinas de RNA mensageiro (mRNA), da Pfizer ou da Moderna, embora a alternância de doses não tenha ainda sido avaliada em teste.

A Noruega disse em 23 de abril que ofereceria àqueles que receberam a vacina AstraZeneca na primeira dose recebam vacina de mRNA como segunda.

A Coreia do Sul informou em 20 de maio que realizaria um teste combinado de vacinas de covid-19, alternando uma dose da AstraZeneca com outra da Pfizer ou de outro fabricante.

Na Espanha, a ministra da Saúde, Carolina Darias, disse em 19 de maio que o país permitiria menores de 60 anos vacinados com a primeira dose do produto da AstraZeneca receberem uma segunda dose da vacina AstraZeneca ou da Pfizer.

A agência de saúde da Suécia afirmou em 20 de abril que menores de 65 anos de idade que receberam uma dose da vacina AstraZeneca iriam receber uma outra na segunda.

No Reino Unido, as primeiras conclusões de um estudo liderado pela Universidade de Oxford divulgado em 12 de maio indicam que pessoas que receberam a vacina da Pfizer seguida de uma dose da AstraZeneca, ou vice-versa, eram mais propensas a relatar sintomas pós-vacinais leves ou moderados do que se recebessem dois do mesmo tipo.

A empresa Novavax anunciou em 21 de maio participaria de um estudo no qual sua vacina entraria como terceira dose para reforça a imunidade induzida por vacinas de outros fabricantes. Esse teste começaria em junho.

Em janeiro, os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA atualizaram suas orientações, permitindo uma combinação de doses da Pfizer e da Moderna com um intervalo de pelo menos 28 dias entre as duas, mas apenas para “situações excepcionais”.

 

Pfizer começa a testar vacina pneumocócica

 

A Pfizer informou nessa segunda-feira (24) que começou a realizar testes para avaliar a segurança e a eficácia da administração conjunta da vacina pneumocócica conjugada 20-valente da empresa (20vPnC) com uma terceira dose de seu imunizante contra o coronavírus.

Participarão desse estudo 600 adultos, com mais de 65 anos, que já receberam as duas doses contra a covid há pelo menos seis meses.

A 20vPnC está sendo desenvolvida para ajudar a proteger adultos contra 20 serotipos responsáveis pela maioria das doenças pneumocócicas invasivas e pela pneumonia.

Antes se recomendava que as vacinas contra covid-19 fossem administradas sozinhas, mas, com base em experiências com outros tipos de vacinas, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) disse que as vacinas contra covid-19 e outras podem ser administradas simultaneamente ou no mesmo dia.