Cotidiano

?País vive momento de tensão e questionamentos?, diz Moreira Franco

201609301712557234.jpgBRASÍLIA ? O secretário-executivo do Programa de Parcerias em Investimento (PPI), Moreira Franco, comentou nesta quarta-feira os efeitos da Operação Lava-Jato e afirmou que o país vive um momento político de tensão e de muitos questionamentos. Durante seminário realizado pelo ?Correio Braziliense?, ele garantiu que Ministério Público, Judiciário e Polícia Federal estão exercendo suas funções legais e que todo esse processo será positivo para o Brasil.

Lava-Jato/Crise política

Moreira afirmou que o país tem construído um clima positivo na economia, mas ponderou que, para estimular o sentimento de confiança nos investidores, isso deve ser respaldado pelo ambiente político-administrativo.

? Estamos vivendo momento de muita tensão, dificuldade, muitos questionamentos. Estamos fazendo um processo extremamente positivo, que não se dá só no Brasil. A (busca por) clareza de contratos entre poder público e privado para evitar corrupção se dá no mundo todo, se dá no âmbito público e privado, como é o caso da Fifa ? disse.

Moreira disse ainda que, apesar de algumas pessoas dizerem que há excessos por parte do Ministério do Público e do Judiciário, essas instituições estão cumprindo seu papel sem quebra da ordem constitucional e legal.

? Os julgamentos estão se fazendo, os que são condenados estão presos. Alguns reclamam de excesso mas não houve quebra da ordem constitucional ou legal. O que a Constituição definiu está sendo cumprida. As funções do MP, do Judiciário, a PF estão sendo exercidas e as consequências estão sendo sentidas.

Moreira negou nesta quarta-feira estar deixando o governo após ser citado na delação do ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Mello Filho. Em nota, Moreira Franco afirmou que segue comprometido com os compromissos assumidos na economia e no programa de concessões. Segundo interlocutores, no entanto, o secretário-executivo tem pronta uma carta de demissão. Cláudio Melo Filho o acusou de ter solicitado recursos para o PMDB para as eleições de 2014, numa reunião de trabalho, quando era ministro da Aviação Civil do governo da presidente Dilma Rousseff.