Cotidiano

Pais temem fechamento de escola

Pais de alunos da Escola Municipal Luiz Carlos Ruaro, de Cascavel, reivindicam a manutenção da instituição de ensino, ameaçada de fechamento pela administração pública. O problema é que na escola não há número de estudantes matriculados suficiente que justifiquem o seu funcionamento. Desta forma, quem estuda hoje no local precisará buscar outra escola para iniciar o ano letivo em 2018.

A promotora de vendas Fabiana Cristina Alves, que é mãe de um dos alunos, diz que essa busca já foi feita, mas em vão. “Toda escola que fui ver para meu filho não tem vaga”, afirma.

O problema se intensificou quando foi expedida a ordem de reintegração de posse das áreas invadidas do Jardim Gramado. As crianças que antes estudavam na escola, agora estão matriculadas em outros bairros, reduzindo drasticamente a demanda no local. Segundo o município, 58 alunos frequentam hoje a escola.

Os pais afirmam que a Secretaria de Educação de Cascavel já decretou o fechamento da unidade, e que para o ano que vem só serão feitas matrículas para o Pré I e Pré II integral. “Os pais se reuniram para ir atrás de alunos, de novas matrículas e a Secretaria de Educação se comprometeu em ajudar, mas nunca nos apoiou. O que eles querem é abrir um Cmei [Centro Municipal de Educação Infantil] aqui e encerrar o ensino fundamental”, explica Fabiana.

O que diz o município

A Secretaria Municipal de Educação informa que há tempo busca soluções para o número reduzido de alunos na escola e que desde que as primeiras famílias se retiraram da área invadida no Jardim Gramado, o problema se agravou. Desde então a Semed discute a questão com a direção da unidade.

“A princípio foi sugerido que a direção realizasse campanhas para atrair novos alunos para a escola, no entanto as ações não tiveram sucesso […] tornando insustentável a possibilidade de manter o funcionamento da escola, tendo em vista que as escolas adjacentes têm condições de receber estes alunos”, afirma a Semed.

Recentemente, em nova reunião a Semed tratou novamente a questão, desta vez com a comunidade também presente, sobre a possibilidade de a escola manter o atendimento para as turmas de Pré I e II integral e transferir os demais alunos. “A oferta destas turmas de Educação Infantil foi a saída mais razoável encontrada pela administração, considerando a grande demanda existente no município em relação à oferta de vagas nesta faixa etária”, aponta a secretaria.