Cotidiano

Padilha defende votação do reajuste dos servidores do Judiciário

BRASÍLIA – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quarta-feira a aprovação do projeto de reajuste dos servidores do Poder Judiciário, que poderá ser votado na tarde desta quarta-feira. Padilha disse que essa negociação foi feita pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mas que seria “vantajoso para os cofres públicos”. Isso porque prevê um reajuste de 41,5% em até oito parcelas, até 2019.

No governo passado, Dilma teve que vetar um outro aumento que significava um reajuste médio de 56%, podendo a chegar a mais de 70% em alguns casos. Como alternativa, foi fechado o acordo dos 41,5%, que terá um impacto de R$ 2 bilhões em 2016.

Essa era uma negociação que foi feita pelo governo anterior. Havia sido represado o reajuste por vários anos, o governo conseguiu uma boa negociação, e o que fizemos foi honrar a negociação que havia sido feita que é vantajosa. Aquilo que foi ajustado antes e que economicamente é bom negócio para o governo. O governo passado fez um bom negócio nessa negociação _ disse Padilha.

Mas o ministro deixou claro que o governo Michel Temer não tem compromisso com outro projeto que eleva o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.

— Essa questão pelo que me consta não está ainda em jogo —avisou Padilha.

Segundo dados do Planejamento, o impacto acumulado dos reajustes dos servidores dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) chegará a R$ 67,7 bilhões, sendo de R$ 7 bilhões apenas em 2016.

RENAN COM DILMA É NORMAL

O ministro ainda considerou “normal” o encontro previsto para hoje entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente afastada Dilma Rousseff:

— Nenhum problema. É absolutamente normal. Ela é presidente da República, embora afastada da função.

Padilha esteve no Senado negociando a votação da Medida Provisória da Aviação Civil. A MP e os projetos de reajuste dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União estão na pauta do Senado desta quarta-feira à tarde.