Cotidiano

Pacaembu: esporte às escuras

Um ginásio de esportes que, sem luz e sem água, pouco pode ser utilizado pela comunidade do Bairro Pacaembu. Desde a inauguração, há dois anos, o local, que atende também as crianças e adolescentes da escola Maria Fanny de Araújo, está limitando a prática de exercícios, visto que sem iluminação ninguém usa a quadra à noite, período que segundo presidente da Associação de Moradores, Ney de Souza, teria a maior demanda.

O problema, conforme ele, ainda não foi levado à atual secretária de Educação, Márcia Baldini, porém relata que a responsabilidade é do município. “Esta é a única área de lazer que temos no bairro. Toda a comunidade poderia usar se tivesse luz e água. Mas, não podem ir após o expediente, que é quando sobra um tempinho, pois está tudo escuro”, lamenta Souza.

O jeito é marcar os jogos de vôlei, basquete e futsal para o fim de semana. “Muitos queriam praticar esportes à noite, mas não dá. As mulheres, por exemplo, queriam montar times de vôlei, só que não conseguem porque durante a semana fica impossível jogar com a quadra da maneira que está”, relata. Souza lembra que a falta de energia vem desde a inauguração, ainda na gestão passada. O ginásio, segundo ele, foi entregue com as instalações elétricas necessárias, o que dificulta entender o motivo pelo qual o ginásio sempre está às escuras.

Com luz e água, Souza comenta que seria possível ainda iniciar uma escolhinha de futsal às crianças e adolescentes. As atividades seriam desenvolvidas à noite para que todos os interessados pudessem participar.

Olindo Periolo

Na Rua Olindo Periolo, próxima ao viaduto que liga ao Bairro Cascavel Velho, um problema grave. Souza afirma que por lá, que é uma área escolar e com bastante tráfego de pedestres, alguns motoristas desrespeitam as normas de trânsito e pisam no acelerador. “Já vimos muitos acidentes acontecerem aqui”, lembra.

Por conta disso, a associação de moradores solicitou à Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) a implantação de redutores de velocidades, radares ou semáforos para melhorar a segurança no trânsito. Souza explica que o município estuda as opções e que em breve solucionará o problema. “O movimento ali é bem grande e precisamos de uma solução”, comenta.

Bem mais seguro

A presença da Guarda Municipal no Bairro Pacaembu, agora com endereço fixo, já apresentou resultados satisfatórios à comunidade local. Segundo Souza, furtos e roubos que ocorriam à luz do dia hoje já não fazem mais parte do cotidiano. “As coisas estão diferentes, a realidade é outra. A segurança melhorou muito com a chegada da Guarda [Municipal] aqui, foi uma conquista muito importante. Antes, víamos a circulação de pessoas desconhecidas, que vinham de outras localidades e isso nos preocupava. As ocorrências também já não acontecem mais”, celebra.

Só mais 300 metros

Conforme o presidente, quase todas as ruas do bairro estão asfaltadas, e com frequência, passam por manutenção nas operações tapa-buracos. A única fora dos padrões é a Rua Irati, que tem seus 300 metros de comprimento cascalhados. “Esta é a única pendência quando se fala em pavimentação”, diz Souza.

Infraestrutura

Embora existam problemas a serem resolvidos, Souza garante que o Bairro Pacaembu possui uma infraestrutura de qualidade e se diz privilegiado em morar neste local. “Estamos perto do Centro de Convenções, temos a Guarda Municipal, a Defesa Civil, vários supermercados, farmácias, serviços especializados, unidade básica de saúde, creche, escola e até faculdade. Somos um bairro ‘bem servido’ e privilegiado”.