Cotidiano

Ouvidor tentará saída para fim de impasse entre Araupel e MST

O diálogo é consenso para a solução do impasse que se arrasta há um bom tempo

Curitiba – A maior parte das 1,2 mil pessoas que estiveram segunda-feira em Curitiba para pedir a reintegração de áreas da Araupel invadidas pelo MST, em Quedas do Iguaçu, já está em casa. Cerca de 200 permaneceram na capital e acampam em frente ao Palácio Iguaçu.

Elas deverão retornar somente no fim de semana, depois de rodada de negociação que terá a participação do ouvidor agrário nacional, o desembargador Gercino Silva Filho. A reunião, no Incra, agendada para esta quinta-feira, contará com as presenças de diretores da empresa, trabalhadores e líderes do Movimento Sem-Terra.

O diálogo é consenso para a solução do impasse que se arrasta há um bom tempo e que, nos últimos meses, por pouco não provocou conflitos sérios entre trabalhadores e sem-terra. A finalidade é encontrar meios que permitam conduzir a um desfecho para o problema sem violência.

As invasões mais recentes a terras da Araupel ocorreram em julho de 2014 e em julho de 2015. Milhares de pessoas ligadas ao MST estão em acampamentos e pedem a transformação dos 30 mil hectares restantes da empresa em assentamentos. A empresa, que gera 1,2 mil empregos, sofre invasões desde a metade da década de 1990. Elas já foram cinco e nesse processo mais de 50 mil hectares da Araupel passaram para as mãos do Movimento Sem-Terra.