Esportes

Organização estuda abrir áreas comuns do Parque Olímpico ao público durante Paralimpíada

RIO – A organização dos Jogos estuda a possibilidade de abrir as áreas comuns do Parque Olímpico para o acesso do público durante a Paralimpíada, que começará no dia 7 de setembro. Caso a ideia seja aprovada, o controle de ingressos seria feito na entrada de cada uma das arenas ? hoje, é necessário apresentar o tíquete já na entrada do Parque.

A decisão ainda esbarra em questões de segurança, já que os responsáveis pela área teriam que fazer mudanças na operação para se adaptar ao novo modelo. Não há uma definição, por exemplo, onde ficariam as máquinas de raio-X e os detectores de metais, se já na entrada do Parque ou em cada instalação esportiva.

– O público brasileiro ficou encantado de vir ao Parque Olímpico da Barra. Quando a gente fez o planejamento dos Jogos Paralímpicos, a percepção era que a entrada no Parque teria que ser condicionada a um ingresso para alguma venue (instalação). A gente discutiu nesta quinta-feira a perspectiva de abrir o Parque Olímpico para que as pessoas possam visitar e, se quiserem assistir a alguma competição, comprar ingresso só para ela. Isso tem uma enorme implicação na montagem da segurança e das bilheterias, então a gente tem que rever. O planejamento bem antecipado e perfeitinho tem um mérito importante, mas, em eventos dessa magnitude, uma das grandes vantagens dos brasileiros, da nossa maneira de fazer as coisas, é que a gente está sempe aberto para a flexibilização ? disse o diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada, ressaltando que a questão não está decidida.

DINHEIRO PÚBLICO

Em uma reunião na tarde desta quinta-feira, o governo federal e a prefeitura acertaram com o Comitê Rio-2016 um repasse de até R$ 270 milhões para a organização dos Jogos Paralímpicos. Até agora, apenas 12% dos ingressos foram vendidos, e as receitas não estão acompanhando o nível de despesas. Repasses para que os comitês locais possam financiar viagens de atletas ao Rio, por exemplo, estão atrasados. Os organizadores garantem que o calendário permite que o dinheiro ainda seja enviado e que não haverá transtornos.

A maior parte da verba do governo federal deverá vir de patrocínios de estatais. Uma outra parcela será transferida pela União por meio de convênios. A prefeitura ainda está impedida de repassar a verba em função de uma liminar expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). O município recorreu da decisão. Na manhã desta sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes disse que será uma ?honra? transferir R$ 150 milhões para a organização da Paralimpíada. O resto do montante viria do governo federal.

– Boa parte virá de patrocínio e uma parte que seja especificamente ligada a temas dos atletas paralímpicos pode ser feita na forma de convênio. As regras de convênio são todas desenhadas para garantir a transparência na utilização dos recursos. E elas são super rígidas. A gente também precisa estar apto a cumprir com essas regras de informação, gastos, de que tipo de fornecedor, de concorrência, para que a gente possa fazer. Não tem um tubo de dinheiro do governo conectado aqui. Não tem cheque em branco, não tem nada disso. A gente respeita todas as regras, que são desenhadas para proteger a utilização do dinheiro público e para garantir a sociedade total transparência ? afirmou Andrada, em relação à verba da União.