Política

Orçamento comprometido

O orçamento dobrou para Cultura no ano que vem, se comparado ao orçamento de exercícios anteriores. Ao todo, são aproximados R$ 17 milhões previstos que, somados na junção à Secretaria de Esportes, resulta em R$ 32 milhões. Só tem um “probleminha” nisso tudo. É que apenas R$ 9 milhões desses recursos são do Município, de acordo com a direção da Secretaria de Cultura.

O resto é previsão de repasse e adesão a programas do governo federal por meio, inclusive, da Fundação de Esportes e Cultura, que sequer foi aprovada na Câmara. Esse dinheiro, se vier, será destinado à reforma de praças e à construção de novos centros culturais, por exemplo. O que ameaça e pode comprometer as ações previstas para a pasta em 2018.

Essa dúvida quanto aos repasses federais preocupa a Comissão de Cultura da Câmara de Vereadores. “Estamos cientes de algumas obras do governo federal que estão paradas. Temos a BR-163, o asfalto do Bairro Floresta que o governo deixou de dar a contrapartida e está com parcela atrasada, dentre outros investimentos comprometidos”, lembra o vereador Carlinhos Oliveira, que preside a Comissão.

Mesmo assim, a parte positiva é que o orçamento aumentou para a pasta e a esperança é que o cenário melhore com a aprovação do Fundo da Cultura. “Nossa briga era para chegar a 1% do orçamento do município os valores da pasta. Para ano que vem, ultrapassamos isso”, avalia.

Conselho

Para o Conselho da Cultura, é “perigoso” contar com a verba federal. “É um orçamento inseguro. Como fazer um planejamento de ações diante de um dinheiro que não se sabe se vem? Ficamos na expectativa, contentes porque o orçamento aumentou, querendo que esse recurso venha mas, ao mesmo tempo, apreensivos”, avalia o presidente do Conselho, Cleiton Costa.

Cargos

Em nota, a Secom esclarece que não há extinção de cargos com a reforma, mas sim, alterações. Com a reforma, serão onze diretorias a menos. Por outro lado, haverá aumento no número de gerentes, porque a administração fica mais horizontal e menos vertical. Mesmo sem ter como foco principal a economia, serão R$ 400 mil gastos a menos por ano; R$ 1,2 milhão até o fim do mandato.