Cotidiano

Oposição venezuelana denuncia repressão durante reunião de cúpula

2016 938309029-201609121613107548_RTS.jpg_20160912.jpgPORLAMAR, Venezuela ? A oposição venezuelana denunciou repressão a seus membros na ilha caribenha de Margarita no momento em que milhares de delegados chegam par ao encontro de países não alinhados. A reunião de delegados de 120 países começa nesta terça-feira sob forte esquema de segurança. O evento ressalta a crise política no país, após a oposição prometer denunciar abusos do governo a delegados estrangeiros.

A coalizão Mesa de Unidade Democrática disse que a polícia revistou a casa de um prefeito na segunda-feira e levou várias pessoas para serem interrogadas. Na semana passada, um jornalista foi preso por publicar vídeos em que o presidente Nicolás Maduro é confrontado por um panelaço.

A Assembleia Nacional, controlada pela oposição, pretende fazer uma sessão simbólica em Margarita, coincidindo com a cúpula.

Ao mesmo tempo, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra?ad Al Hussein, criticou duramente a Venezuela por negar acesso de seus representantes em meio a denúncias procedentes do país que causam ?grave preocupação?. Zeid Ra’ad Al Hussein disse que o governo de Caracas negou o visto à sua representante regional durante os últimos dois anos e meio.

Entre as preocupações citadas por Zeid Ra?ad Al Hussein durante a abertura da 33ª sessão do Conselho de Direitos Humanos figuram a repressão da oposição e dos grupos da sociedade civil, as prisões arbitrárias, o uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos, a erosão da independência das instituições e do estado de direito, o dramático declive dos direitos econômicos e sociais, com a fome cada vez mais generalizada e a deterioração do sistema de saúde pública.

? Meu escritório acompanhará de perto a situação no país e expressará suas preocupações em relação aos direitos humanos ? acrescentou. ? Os Estados podem fechar nossos escritórios, mas não podem nos calar.

Além da Venezuela, ele também criticou Síria, Irã, Belarus e Turquia, que se negam a cooperar com os especialistas ou negam parcialmente acesso aos observadores.