Cotidiano

Operador de propina é autorizado a deixar prisão em Curitiba

SÃO PAULO. Delator na Lava-Jato, o engenheiro Zwi Skornicki foi autorizado nesta sexta-feira a deixar a carceragem da Polícia Federal em São Paulo, usando uma tornozeleira eletrônica. A decisão é do juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba, Sérgio Moro.

A saída estava prevista no acordo do engenheiro, que pagou multa de 24 milhões de dólares para deixar a prisão. A colaboração premiada de Skornicki – que representa o estaleiro Keppel Fels, fornecedor da Petrobras, no Brasil – prevê prisão domiciliar por seis meses e mais 3 anos e seis meses de prestação de serviços comunitários.

O engenheiro é réu por integrar organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e a partir de agora passa a cumprir prisão domiciliar. Ele confessou ter pagado U$ 4,5 milhões ao ex-marqueteiro petista João Santana entre 2013 e 2014, a pedido do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto.

Em sua delação, Skornicki mencionou ter realizado pagamentos para a empresa Zaama Planejamento e Gestão Empresarial, firma que pertence à mulher de um dos mais discretos integrantes do PT do Rio, Marcelo Sereno, conforme revelou O GLOBO no fim de julho.

O engenheiro também mencionou ter feito pagamentos para dois políticos que atualmente têm mandato eletivo e, por isso, têm foro privilegiado. Os nomes são mantidos em segredo para preservar as investigações.