Política

Operação Mata Atlântica em Pé é lançada em 17 estados

As atividades de fiscalização prosseguem até o fim do mês e têm por objetivos identificar as áreas de Mata Atlântica desmatadas ilegalmente nos últimos anos, cessar os ilícitos e responsabilizar os infratores nas esferas administrativa, civil e criminal.

Curitiba – O Ministério Público deu início ontem (20), na Operação Mata Atlântica em Pé, que tem como objetivo principal o combate ao desmatamento e à recuperação de áreas degradadas. Essa é a quarta edição da ação que ocorre em 17 estados brasileiros que integram o bioma Mata Atlântica. A operação é coordenada pelo Ministério Público do Paraná, em articulação com os Ministérios Públicos dos demais estados.

Neste ano, a expectativa é ampliar o número de fiscalizações e autuações, com a utilização ainda maior dos meios remotos de fiscalização disponíveis, como imagens por satélites. “Além disso, em alguns estados, como no Paraná, buscaremos o fortalecimento da responsabilização criminal, com a participação do Instituto de Criminalística, que ficará responsável por elaborar laudos técnicos, especialmente úteis nos processos criminais”, informa o promotor de Justiça Alexandre Gaio, coordenador nacional da operação.

As atividades de fiscalização prosseguem até o fim do mês e têm por objetivos identificar as áreas de Mata Atlântica desmatadas ilegalmente nos últimos anos, cessar os ilícitos e responsabilizar os infratores nas esferas administrativa, civil e criminal. Conforme informações divulgadas em maio deste ano no Atlas da Mata Atlântica, o bioma sofreu redução de 13.053 hectares (130 quilômetros quadrados) entre 2019 e 2020 no Brasil. Em 10 dos 17 estados que compõem o bioma, o desmatamento se intensificou, com aumento de 400% em São Paulo e no Espírito Santo e superior a 100% no Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul.

Embora registrado pequeno declínio no volume de desmatamento no Paraná no último ano, o Estado se mantém entre os estados onde a Mata Atlântica perdeu maior extensão de área. Os três estados que mais desmataram a floresta no período foram: Minas Gerais (de 4.972 para 4.701 hectares), Bahia (de 3.532 para 3.230 hectares) e Paraná (de 2.767 para 2.151 hectares).