Cotidiano

Opep pode cortar mais a produção de petróleo, avisa Argélia

ARGEL – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode cortar sua produção em 1% adicional em seu encontro em novembro, além do que já foi acordado entre os produtores em reunião na Algéria no mês passado, se os produtores reconhecerem que isso é necessário, disse o ministro de Energia da Argélia, Nouredine Bouterfa, à TV local Ennahar.

A commodity segue em alta nesta quinta-feira ? O WTI ganha 0,84% em Nova York, com o barril para novembro cotado a US$ 50,25, enquanto o Brent ganha 0,55%, a US$ 52,41. Ontem, o petróleo já fechou com valorização ? o Brent subiu 2%, ou US$ 0,99, cotado a US$ 51,86, e chegou a alcançar a máxima desde 10 de junho, a US$ 52,09 ? após a divulgação da queda dos estoques da commodity nos Estados Unidos pela quinta semana consecutiva.

Bouterfa também disse à emissora que a Opep e os países não membros realizarão um encontro informal em Istambul entre 8 e 13 de outubro para discutir como implementar o acordo fechado na Argélia.

Fontes disseram à Reuters que participarão da reunião os grandes produtores da Opep e também a Rússia, que não integra o grupo.

Os produtores da Opep fecharam um acordo em Argel em setembro para reduzir a produção em cerca de 700 mil barris por dia, para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, na primeira redução da oferta desde 2008. A Opep estima sua atual produção em 33,24 milhões de barris.

“Nós vamos avaliar o mercado em Viena no final de novembro e, se os 700 mil barris não forem suficientes, nós vamos subir. Agora que a Opep está unida e fala em uma só voz, tudo é muito mais fácil, e se nós precisamos cortar mais 1%, nós vamos”, afirmou Bouterfa na entrevista, exibida nesta quinta-feira.

A Argélia é um dos membros da Opep que tem lutado pelo aumento dos preços do petróleo, e a fala do ministro do país é a primeira sugestão de uma possível redução adicional na produção. Antes do encontro em Argel, Bouterfa vinha pressionando por um corte de produção da Opep em um milhão de barris por dia para estabilizar as cotações.