Saúde

OMS vê sinais de estabilização dos contágios

Sobre a abertura da economia em tempos de contaminação, o diretor afirmou que há o desafio de garantir a renda de trabalhadores no período, mas que é preciso ficar atento a dados científicos na hora de governos tomarem as “escolhas difíceis” que precisam fazer.

OMS vê sinais de estabilização dos contágios

O diretor de operações da OMS (Organização Mundial de Saúde), Michael Ryan, afirmou em coletiva de imprensa nessa sexta que vê “sinais de estabilização” do crescimento da curva de pessoas contaminadas no Brasil pelo coronavírus, mas pediu cautela, reforçando que essa percepção não significa que o País esteja chegando ao fim da crise nem que os números não possam voltar a subir.

Ryan elogiou os profissionais de saúde e o sistema de atendimento do País, que têm “aguentado” a demanda por pacientes, sem atingir uma superlotação.

Sobre a abertura da economia em tempos de contaminação, o diretor afirmou que há o desafio de garantir a renda de trabalhadores no período, mas que é preciso ficar atento a dados científicos na hora de governos tomarem as “escolhas difíceis” que precisam fazer.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, por sua vez, lembrou de países como Espanha e Itália que, mesmo passando por períodos complicados de contaminação, conseguiram conter a epidemia.

Resultados de testes com remédios

 

Genebra – A OMS deve obter em breve resultados de ensaios clínicos que está conduzindo com medicamentos que podem ser eficazes no tratamento de pacientes com covid-19, afirmou nessa sexta-feira o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Quase 5.500 pacientes em 39 países foram recrutados até agora para o estudo Solidariedade”, disse, referindo-se a estudos clínicos que a agência das Nações Unidas está conduzindo. “Esperamos resultados intermediários nas próximas duas semanas”.

O Solidariedade começou em cinco vertentes, analisando possíveis abordagens de tratamento para a covid-19.

No início deste mês, a organização afirmou que havia interrompido o teste de hidroxicloroquina, após estudos indicarem que o medicamento não mostrou benefício claro para quem tem a doença.

Mike Ryan, diretor e chefe do programa de emergências da OMS, afirmou que seria imprudente prever com exatidão quando uma vacina será finalizada contra a covid-19. Embora uma das candidatas à vacina possa comprovar sua eficácia até o fim do ano, a questão é quanto tempo poderá ser produzida em massa, disse ele à associação de jornalistas da ONU em Genebra, na Suíça.

Atualmente, não existe vacina comprovada contra a doença, e 18 possíveis candidatos estão sendo testados em seres humanos. Entre elas a desenvolvida pela Universidade de Oxford, com testes no Brasil.

As autoridades da OMS também defenderam a resposta da organização ao vírus que surgiu na China no ano passado. Ryan lamentou que as cadeias globais de suprimentos não tenham sido suficientes para garantir equipamentos de proteção a equipes médicas em vários países.