Rio de Janeiro – Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgaram sexta-feira (8) por meio do Boletim do Observatório Covid-19, que a terceira onda de infecções, causada pela variante Ômicron, está terminando e que isso está ocorrendo em continuidade da tendência de queda nos casos, internações e óbitos da doença.
Diante disso, os cientistas veem um cenário bastante positivo no país, com uma queda de 36% nos novos casos e de 41% nos óbitos pela doença, na comparação dos dados de 20 de março a 2 de abril com os de 6 a 19 de março. Como reflexo dessa tendência geral, houve queda dos indicadores de transmissão em grande parte dos estados, como Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e também no Distrito Federal.
Além disso, é a primeira vez desde maio de 2020, que nenhum estado superou a marca de 0,3 óbito por 100 mil habitantes. A média móvel de mortes por Covid-19 chegou a 215 vítimas por dia em um período de sete dias, e a letalidade da doença também está abaixo de outros momentos da pandemia. Entre os que testaram positivo para a doença, 0,8% foram a óbito, proporção que já chegou a 3% em 2021.
Vacinação
A queda no número de mortes e na letalidade da Covid-19 está relacionada à vacinação da população. O país conta com 82,5% da população com a primeira dose, 75,4% com o esquema de vacinação completo, com as duas doses ou dose única e 37,1% com a dose de reforço. Também contribui para que haja menos vítimas a menor gravidade da infecção pela Ômicron, que evolui para casos severos com menor frequência.
Conforme os pesquisadores, a ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre mortalidade e internações. Ao mesmo tempo, todo o sistema de saúde deve se valer do período de menor transmissão da Covid-19 para readequar os serviços para o atendimento de demandas represadas.
O boletim InfoGripe, também da Fiocruz, já havia apontado nesta semana que a participação do SARS-CoV-2 entre os casos de síndrome respiratória aguda grave causados por vírus respiratório chegou ao menor percentual da pandemia, com 50,7%. Em momentos mais críticos, essa participação passou de 98%. O menor número de casos severos de Covid-19 tem permitido que os estados reduzam o número de leitos de terapia intensiva destinados apenas a adultos com a doença no Sistema Único de Saúde. Mesmo com essa diminuição, a Fiocruz avalia que os estados vêm mantendo taxas bem baixas de ocupação de leitos para a Covid-19.
A Fiocruz alertou também que metade dos óbitos na última semana epidemiológica foi registrada em pessoas com ao menos 74 anos, o que reforça a vulnerabilidade dessa população diante da doença.
Os pesquisadores ressaltam que é necessária a aplicação de uma quarta dose nesse grupo, necessidade absoluta de avanço na vacinação dos mais jovens elegíveis, de 5 a 11 anos e o início do debate sobre vacinação na faixa de 0 a 4 anos, já que tem aumentado a contribuição dos mais jovens, principalmente de crianças, no quantitativo total de número de casos.
Vacinação em Cascavel
11/04
2ª dose para vacinados com 1ª dose até 21/03
3ª dose para vacinados com 2ª dose até 11/12
4ª dose para idosos acima de 60 anos vacinados com 3ª dose até 11/12
12/04
2ª dose para vacinados com 1ª dose até 22/03
3ª dose para vacinados com 2ª dose até 12/12
4ª dose para idosos acima de 60 anos vacinados com 3ª dose até 12/12
13/04
2ª dose para vacinados com 1ª dose até 23/03
3ª dose para vacinados com 2ª dose até 13/12
4ª dose para idosos acima de 60 anos vacinados com 3ª dose até 13/12
14/04
2ª dose para vacinados com 1ª dose até 24/03
3ª dose para vacinados com 2ª dose até 14/12
4ª dose para idosos acima de 60 anos vacinados com 3ª dose até 14/12
Unidades de referência para 2ª dose vacina Covid:
Cancelli: 2ª dose da vacina Pfizer para a população acima de 12 anos
Aclimação: 2ª dose (reforço) Janssen
Neva: 2ª dose da vacina Coronavac
